Jöns Jacob Berzelius, ou apenas Jacob Berzelius, foi um químico sueco de inúmeras contribuições para a ciência química, conhecido hoje como um dos fundadores da química moderna, formulando alguns de seus principais pressupostos, utilizados ainda hoje em diversos níveis e subáreas dentro da química.
A biografia de Berzelius é bastante controversa, isto é, difere com relação à fonte adotada. Entretanto, pode-se apontar que Berzelius “foi médico, professor, farmacêutico e botânico. Era filho de um pastor luterano e diretor de uma escola primária. Quando Berzelius tinha 4 anos, seu pai faleceu. Mais tarde sua mãe casou-se com outro pastor luterano. Após a morte de sua mãe, foi morar com um tio. Teve uma infância e adolescência muito pobre. Por motivos de desgaste, porque trabalhava muito, viajou por um ano pela Europa. Quando voltou, foi eleito secretário permanente da Academia de Ciências de Estocolmo. Casou-se em 1835 com Elisabeti Johanna, 32 anos mais nova. Não tiveram filhos. Berzelius morreu no dia 7 de agosto de 1835”.1
Ainda no século XVIII, século em que Berzelius iniciava seus estudos na química, ocorria uma grande mudança que viria a destacar as ciências naturais e exatas, dentre as quais a química surgia. Lavoisier, com sua teoria de combate ao flogístico, certamente exercia grande influência nos estudantes e pesquisadores da época. Entretanto, a resistência natural que antecede qualquer mudança também estava presente, naqueles que desprezavam ou ignoravam os novos postulados de Lavoisier e optavam por permanecer em suas tradicionais teorias.
Na época de Berzelius, eram conhecidas por volta de 23 substâncias, as quais eram superficialmente descritas como simples por falta de um critério mais específico de investigação. Entretanto, nem mesmo os conceitos de matéria e elementos químicos era preciso o suficiente para explicar algumas observações. Nesse aspecto, Berzelius “contribuiu significativamente no desenvolvimento da teoria atômica e empenhou-se durante anos na determinação de pesos atômicos e moleculares de milhares de elementos e compostos. Foi pioneiro na utilização do oxigênio como referência para determinação dos pesos atômicos, determinando os pesos atômicos de cerca de 43 elementos, e na utilização de letras como símbolos dos elementos. Reconheceu a existência de isômeros na química orgânica e descobriu o fenômeno da catálise, nome que introduziu no vocabulário químico. Estabeleceu as fórmulas químicas de muitas substâncias e introduziu os conceitos de isomeria, metameria, polimeria e alotropia”.2
Quando uma substância era considerada composta, ainda faltavam hipóteses sólidas que elucidassem as razões de uma ligação química. Berzelius, após inúmeras observações em laboratórios de química e de física, percebeu que alguns elementos possuíam a propriedade de se tornar eletricamente carregados, e a interação entre elementos de cargas elétricas diferentes poderia explicar uma união atômica, o que mais tarde estaria nos fundamentos da ligação química. Desse forma, “sua mais notável contribuição à ciência química foi a teoria dualística, indispensável à representação e discussão das reações químicas: a menor porção de um corpo simples é dotada de eletricidade e alguns elementos são preponderantemente eletropositivos e outros, eletronegativos. Também são importantes seus estudos sobre a classificação dos minerais de acordo com a composição química”.2
Referências: 1. http://www.soq.com.br/biografias/berzelius/ 2. http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/JonsBerz.html FELTRE, Ricardo; Fundamentos da Química, vol. Único, Ed. Moderna, São Paulo/SP – 1990. RUSSELL, John B.; Química Geral vol.1, São Paulo: Pearson Education do Brasil, Makron Books, 1994.
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