Lavoisier

Lavoisier foi um químico francês, considerado um dos pais da Química moderna. Ele é o autor da frase:

“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

Ele enunciou a “Lei da Conservação das Massas” (Lei de Lavoisier) e foi um dos pioneiros nos estudos de Química, Fisiologia, Economia, Finanças, Agricultura Científica, Administração Pública e Educação.

Biografia de Lavoisier

Retrato de Lavoisier

Lavoisier nasceu em Paris, França, no dia 26 de agosto de 1743. Era filho de rico negociante e proprietário de terras. Ficou órfão de mãe ainda muito pequeno, sendo criado por uma generosa e dedicada tia e por seu amoroso pai.

Formou-se em Direito, mas demonstrou grande interesse pelo estudo da ciência. No colégio, estudou química com o professor Bourdelian, importante químico teórico. Um encontro que teve com o grande naturalista Lineu também influiu na escolha da carreira científica.

Antoine Laurent Lavoisier aos 22 anos venceu um concurso para elaborar o plano de iluminação das ruas de Paris, com o qual recebeu medalha de ouro da Academia de Ciências da França.

Dois anos depois, tornou-se membro dessa Academia, como reconhecimento por seu trabalho de preparação de um estudo geológico da França e pela pesquisa química sobre a gipsita e o gesso de Paris.

Lavoisier tornou-se arrecadador chefe dos impostos da monarquia francesa, dedicando-se também ao seu trabalho científico.

Aos 28 anos casa-se com Marie Anne Paulze, que tinha metade de sua idade. Marie tornou-se secretária e assistente do marido. Aprendeu inglês e latim e traduziu os artigos originais de Priestley, Cavendish e outros cientistas ingleses da época. Bela e inteligente, fez da casa de Lavoisier um ponto de encontro para cientistas da França e de outros países.

Vida Pública e Condenação

Durante sua vida, dedicou-se também aos serviços públicos. Era representante do Terceiro Estado (o povo) no Parlamento Provincial de Orleans. Foi nomeado presidente do Banco da França.

Apresentou um relatório à Assembleia Nacional que é reconhecida obra prima a respeito da inflação financeira. Sugeriu um sistema de educação nacional para a França, semelhante ao de hoje. Em 1971, a República Francesa reprimiu seu trabalho sobre a “Riqueza Territorial da França”.

Lavoisier foi condenado à prisão durante a época de terror que se seguiu à Revolução Francesa, por ter rejeitado um tratado químico submetido por Marat à Academia Francesa de Ciências.

Marat denunciou o cientista e todos os membros da organização arrecadadora de impostos, como ladrões. Todas as petições para libertar Lavoisier, por ser um grande cientista, não deram certo.

Enquanto esteve preso, completou sua grande obra “Memorias de Química”, que Marie cuidou de publicá-lo.

VEJA TAMBÉM: O Terror na Revolução Francesa

Morte de Lavoisier

Lavoisier foi guilhotinado, em Paris, no dia 8 de maio de 1794 e jogado na vala comum. Em 1976, o governo francês providenciou um funeral de honra, com orações em louvor do grande cientista.

Experiências de Lavoisier

Lavoisier dedicou-se ao estudo experimental do enferrujamento de metais e da combustão.

Suas experiências com fósforo e enxofre convenceram-no de que, em vez de perder algo quando queimados, as substâncias na realidade pesavam mais depois de queimadas do que antes.

Lavoisier inventou balanças muito delicadas que lhe permitiam realizar seu trabalho. É reconhecidamente um dos pais da moderna Química como resultado dos experimentos que demonstraram a importante lei da conservação da matéria (ou das massas), que assim se enuncia:

"A soma das massas das substâncias reagentes é igual à soma das massas dos produtos da reação."

Essa lei é a pedra angular das modernas fórmulas químicas, tudo tem que ser igual no fim. Antoine Lavoisier realizou outra experiência, queimou um diamante em oxigênio puro e obteve bióxido de carbono como resultado.

Isso provou que o diamante e o carvão no fundo são quimicamente a mesma coisa: carbônio. Realizou estudos de Fisiologia e Bioquímica que estabeleceram os métodos das provas de metabolismo basal.

Realizou experiências em cobaias, medindo rigorosamente o oxigênio por elas consumido e o bióxido de carbônio desprendido.

Foi o primeiro a demonstrar que o calor do corpo humano é produzido por um processo de “queima” que se passa continuamente em nosso corpo e que resulta da combinação de alimento e oxigênio.

Lavoisier repetiu as experiências de Henry Cavendish, sobre o gás combustível, o “ar inflamável”, que quando queimado aparecia água, e explicou o sentido.

A água é um composto de dois gases, oxigênio e hidrogênio. Para muitos cientistas da época isso era difícil de acreditar. Ao “ar inflamável” Lavoisier deu o nome de hidrogênio.

Lavoisier tinha forte interesse pela agricultura, e possuía uma grande fazenda em Le Bourget, onde demonstrou a importância dos fertilizantes e a adequada quantidade de pasto e de lavoura.

Pela aplicação de princípios científicos à agricultura, dobrou a produção de trigo e o tamanho de seu rebanho.

VEJA TAMBÉM: Lei de Lavoisier Lana MagalhãesLicenciada em Ciências Biológicas (2010) e Mestre em Biotecnologia e Recursos Naturais pela Universidade do Estado do Amazonas/UEA (2015). Doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia pela UEA.
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