Leishmaniose cutânea

A leishmaniose cutânea ou leishmaniose tegumentar, é uma doença que acomete geralmente animais, causada por protozoários que são transmitidos por mosquitos, e eventualmente contamina os seres humanos. Essa enfermidade afeta a pele e a mucosa causando úlceras.

Essa doença é causada por cerca de 12 espécies de protozoários diferentes no continente americano, sendo 7 destes presentes no Brasil. As fêmeas de um grupo de mosquitos chamado flebotomíneos são o vetor dessa doença, ou seja, transmitem os protozoários por meio da picada, infectando pessoas, animais selvagens e domésticos. Dependendo da região do país o nome popular desse mosquito pode sofrer alterações, mas são principalmente conhecidos como mosquito-palha, tatuquira e birigui. Alguns animais selvagens tem o papel de reservatório no ciclo de vida desse protozoário, que o mantém no seu organismo sem manifestar a doença e quando o mosquito pica este animal o inseto se contamina e pica outros animais transmitindo e desenvolvendo a doença em animais que são suscetíveis ao parasita. Os marsupiais, roedores, endentados (mamíferos sem dente), morcegos e canídeos silvestres tem o papel de reservatório distribuindo os protozoários entre os ambientes, pois mesmo que eles não causem o contágio eles promovem a locomoção de um território para outro. Geralmente todo esse processo acontece em meio à mata, mas o homem ao desmatar e invadir esses espaços sem os devidos cuidados acaba se expondo a esse mosquito. Muitos casos são descritos também em regiões urbanas que fazem divisa com florestas.

Segundo o Ministério da Saúde, essa doença afeta 85 países em 4 continentes. No Brasil esses protozoários são espalhados por quase todo o país, variando de espécies por região:

  • Leishmania amazonensis: Maranhão, Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins, Bahia, Minas gerais, São Paulo, Goiás e Paraná.
  • Leishmania guyanensis: Região Norte do país, principalmente em florestas que não fiquem alagadas.
  • Leishmania braziliensis: encontrada em todos os estados se estendo em toda a América Latina.

Sintomas

O protozoário no estágio inicial da doença forma uma placa, lembrando uma espinha que vai evoluindo para úlceras, como feridas indolores com as bordas destacadas, dando a impressão de um vulcão. O seu interior apresenta granulações. Essas lesões podem aparecer em várias partes do corpo ou em uma área localizada. Esse ferimento não faz o contagio de pessoa para pessoa, a única forma de adquirir a doença é através da picada do mosquito contaminado, pois o protozoário somente se encontra na fase infectante dentro do organismo do inseto. Nos vertebrados ele está na fase reprodutiva, que acarreta na lesão. O parasita também pode atacar a mucosa do nariz, língua e da garganta, causando congestão nasal, coriza, sangramentos, rouquidão, dor ao deglutir e tosse. O tempo para a doença se manifestar após o contagio é longo, podendo chegar a 2 anos, mas geralmente se manifesta em torno de 2 a 3 meses, com casos de manifestação dentro de 2 semanas.

Diagnóstico

Os exames que são feitos para o diagnostico pode ser parasitológico, onde é analisada uma amostra em microscópio para identificar o protozoário ou imunológico, no qual é avaliado se existem anticorpos para atacar o agente patogênico.

Tratamento

O tratamento é medicamentoso, que pode ser administrado em injeções intramusculares ou intravenosas do composto antimoniato de meglumina ou anfotericina B em segundo opção, o médico deve ser consultado para prescrição adequada do fármaco. Além disso o acompanhamento do doente é necessário para avaliar a eficácia do medicamento na diminuição das ulceras, a doença possui cura e o tratamento pode durar de 3 meses a um ano. É indispensável a boa alimentação, repouso e evitar bebidas alcoólicas, visto que, podem ter interação medicamentosa e comprometer o fígado.

Prevenção

Para prevenir a doença é indicado o uso de repelentes, evitar ficar em lugares que possam conter o vetor ao anoitecer e a noite, pois são os horários de suas atividades, manter o quintal limpo, em constante vigilância para identificar criadouros das larvas do mosquito.

Referências:

http://vigilancia.saude.mg.gov.br/index.php/download/manual-de-vigilancia-da-leishmaniose-tegumentar/

https://www.drakeillafreitas.com.br/leishmaniose-cutanea-tegumentar/

https://saude.gov.br/saude-de-a-z/leishmaniose-tegumentar AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.

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