Menino de engenho

O protagonista da história "Menino de Engenho" é Carlos. O livro se inicia com Carlos ainda criança, com apenas quatro anos, e relata a vida de Carlos ao lado dos pais. Os três primeiros capítulos falam da passagem da vida de criança para a vida de adolescente, retratando o drama vivido pelo menino cujo pai matou a mãe na sua frente e acabou indo para um hospício. Esta tragédia muda radicalmente a vida de Carlos.

Nos capítulos seguintes será narrada a vida de Carlos no Engenho. Seu Tio Juca o leva da cidade para o campo e a partir de então o menino viverá no Engenho o avô materno. O menino vai crescendo e os episódios de sua infância e adolescência vão sendo retratados na história, mesmo que de forma rápida. O ambiente rural é muito bem retratado, ressaltando-se os moleques com quem ele brincava, os passeios de trem, os banhos de rio, as idas à escola, os conflitos com sua tia megera, etc.

Os personagens desta história são a Tia Maria que, acaba substituindo a mãe de Carlos em sua memória; o Tio Juca que leva Carlos da cidade para o engenho e lhe apresenta o avô; a Tia Sinhazinha, uma velha que dirigia o engenho em plenos sessenta anos de idade, e que foi casada com um dos mais ricos homens daquela região, mas acabou se separando ainda no início do casamento. Tia Sinhazinha se destaca na história como a tirana que atormenta a vida de Carlos, bem como dos escravos, dos outros moleques e dos demais subordinados que tinham que se submeter à sua tirania. Além destes, aparecem com menor destaque o avô José Paulino, a prima Lili e o moleque Ricardo.

A história é narrada em primeira pessoa pelo próprio Carlos (narrador-personagem), que vai deixando suas impressões a respeito dos ambientes em que viveu, com um certo tom de criticidade, mostrando a triste e decadente realidade que o personagem presencia.

Tendo sido publicado em 1932, o livro é a estréia do autor, José Lins do Rego, como romancista, e também o primeiro romance do ciclo da cana-de-açúcar. Esta tendência virou moda nos anos 30, alguns anos após a Semana de Arte Moderna, momento em que surgiram muitos romances apresentando a dura realidade nordestina com seus problemas, não livre, logicamente, do tom crítico introduzido na literatura da época pelo movimento Modernista.

O autor teria escrito este romance com o objetivo de relatar a vida de seu avô, José Paulino, que era uma das figuras mais representativas de um senhor de engenho, além de recordar suas experiências de infância, vividas no Nordeste do Brasil. O autor consagrou-se como um romancista regionalista, juntamente com Graciliano Ramos, Érico Veríssimo e Jorge Amado.

Fontes: http://www.sosestudante.com/resumos-m/menino-de-engenho-jose-lins-do-rego.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Menino_de_Engenho http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Lins_do_Rego http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/m/menino_de_engenho

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