Faz parte da natureza do cientista não ir ao laboratório para testagem de alguma experimentação, isto é, desprovido de uma rota previamente traçada que lhe sugira diretrizes de trabalho. Essa sistematização de atividades é genericamente denominada de método científico.
A concepção Aristotélica de formação da natureza material a partir dos elementos terra, ar, fogo e água foi abandonada a partir da constatação da impossibilidade de extração destes elementos de uma substância ordinária, conforme fora demonstrado pelo químico Robert Boyle em seu livro The Sceptical Chemistry (O químico cético). Dessa forma, a formulação dada pelos antigos gregos para a constituição da matéria fora reconstruída, ou seja, para Boyle, um elemento químico poderia ser definido como uma substância que não admite decomposição em substâncias mais simples.
Contudo, a maior contribuição de Boyle à química, uma ciência jovem e em formação, fora a sua sistemática laboratorial, até então desprezada pela maior parte dos químicos. O método empregado por Boyle lhe permitia, assim como a outros químicos, a reprodução das técnicas sob uma ordenação muito rigorosa, de modo que seria possível a replicação fiel de uma dada experimentação. Tal sistematização consistiu na precursora do método científico.
O método científico empregado hoje nos estudos científicos laboratoriais se baseia em etapas bem definidas, as quais devem ser seguidas com rigorosidade. São elas a observação, a lei, a hipótese e a teoria.
Entretanto, cabe ainda ressaltar que a ciência parte de um princípio básico de evolução, de modo que uma teoria postulada como definitiva por natureza não pode ser vista como científica.
Referências: FELTRE, Ricardo; Fundamentos da Química, vol. Único, Ed. Moderna, São Paulo/SP – 1990. RUSSELL, John B.; Química Geral vol.1, São Paulo: Pearson Education do Brasil, Makron Books, 1994.
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