Mendeleev e Meyer listaram os elementos químicos conhecidos em ordem crescente de massa atômica. Entretanto, tal classificação conferia alguns problemas à tabela de Mendeleev, o que se caracterizava pela impressão de que alguns elementos pareciam estar fora de lugar. Um exemplo foi o argônio que, quando isolado, não parecia ter massa correta que justificasse sua posição. Sua massa atômica relativa de 40 é a mesma que a do cálcio, mas estes apresentavam consideráveis diferenças: enquanto o argônio é um gás inerte, o cálcio é um metal bastante reativo. Anomalias como essas levaram os cientistas a questionarem-se quanto ao uso das massas atômicas relativas como base definitiva de um padrão de organização dos elementos.
No início do século XX, quando Henry Moseley examinou o espectro de raios x dos elementos, descobriu que todos os átomos de um mesmo elemento químico apresentavam a mesma carga nuclear, e portanto, tinham o mesmo número de prótons, que consistem no número atômico do elemento. Rapidamente chegou-se à conclusão que os elementos ficariam em um padrão ainda mais regular quando arranjados em uma tabela em ordem crescente de seu número atômico, ao invés da massa atômica.
“De modo geral, à medida que o número atômico cresce, a massa atômica também cresce. Há apenas quatro casos de elementos consecutivos na tabela periódica em que o de menor número atômico apresenta maior massa atômica. São eles:
A lei periódica, portanto, estabelece que quando os elementos são listados, sequencialmente, em ordem crescente de seu número atômico (somatório de prótons existentes no núcleo do átomo), é observada uma repetição periódica em suas propriedades.
Desde as primeiras publicações da lei periódica por Dimitri Mendeleev e Lothar Meyer surgiram muitas propostas de tabelas periódicas. A repetição verificada na lei periódica é a base da estrutura da tabela periódica moderna, sendo a versão mais fácil de utilizar até o momento e que possui correlação com as estruturas eletrônicas dos átomos é a forma estendida, onde elementos com propriedades químicas semelhantes são distribuídos em colunas chamadas grupos ou famílias e linhas denominadas períodos ou níveis.
§ PERÍODOS OU NÍVEIS: As fileiras horizontais da tabela periódica são chamadas períodos ou níveis e enumerados com algarismos arábicos, de cima para baixo, de 1 à 7. Os períodos variam muito em número de elementos: o primeiro possui apenas 2, já o sexto consiste em 32 elementos, em parte porque estão incluídos os lantanídeos, que são 14 elementos, do lantânio (Z=57) até o itérbio (Z=70). O sétimo período consiste também em 32 elementos, pois estão incluídos os 14 elementos actinídeos, do actinídio (Z=89) ao nobélio (Z=102). Os lantanídeos e actinídeos são usualmente chamados de elementos de transição interna e mostrados abaixo da tabela principal.
§ GRUPOS OU FAMÍLIAS
Os grupos maiores consistem em cinco ou seis elementos e são chamados grupos representativos, principais ou grupos A. São enumerados de IA até VIIA, mais o grupo 0, que compreende os gases nobres, sendo também chamado de grupo VIIIA. Os elementos desse grupo são conhecidos como elementos representativos. Os menores grupos encontrados na região central da tabela periódica são chamados grupos de transição, subgrupos ou grupos B. São numerados por algarismos romanos e pela letra B. Variam de IB até VIIIB. Os elementos deste grupo são conhecidos como elementos de transição.
Atualmente, a IUPAC recomenda a utilização de algarismos arábicos na determinação dos grupos ou famílias, da esquerda para a direita, sequencialmente, de 1 até 18.
Referências: 1. PERUZZO, Francisco Miragaia (Tito); CANTO, Eduardo Leite; Química na Abordagem do Cotidiano, Ed. Moderna, vol.1, São Paulo/SP- 1998. ATKINS, Peter; JONES, Loreta; Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente, Porto Alegre: Bookman, 2001. FELTRE, Ricardo; Fundamentos da Química, vol. Único, Ed. Moderna, São Paulo/SP – 1990.
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