A palavra neoplasia significa: neo (novo) + plasia (crescimento), “novos crescimentos”. Existem três conceitos muito usados ao se falar de neoplasia: são eles tumor, a própria neoplasia e câncer. Apesar de em algumas situações poderem ser usados como sinônimos, possuem uma descrição precisa e clara.
Tumor se refere ao efeito de massa. Assim sendo, tumor é sinônimo de qualquer coisa que acumule e leve ao aumento de um tecido ou determinada região, que pode ocorrer por uma reação inflamatória, por aumento de fluidos e/ou por uma proliferação descontrolada de células. A neoplasia por sua vez, é especificadamente uma proliferação descontrolada de células, que pode ser benigna ou maligna e por fim, o câncer é o termo utilizado para designar uma neoplasia maligna.
As neoplasias são descritas como uma massa anormal de tecido, cujo crescimento é excessivo, descontrolado e persistente.
Basicamente, para diferenciar uma neoplasia benigna de uma maligna (câncer), são analisados alguns fatores, como por exemplo, no caso de uma neoplasia benigna, as células são semelhantes à dos tecidos normais, geralmente crescem lentamente, mas o ritmo de crescimento depende de vários fatores e pode acontecer de uma neoplasia benigna crescer mais rapidamente que as malignas. Não possuem a capacidade de se espalhar para outros tecidos e órgãos e em geral, e após serem removidos, não reincidem. Já o câncer possui células que tendem a se multiplicar rapidamente e que se espalham para outras regiões do corpo, e mesmo com o tratamento adequado, as reincidências da doença são comuns.
Os termos diferenciação e delimitação são importantes na hora de diagnosticar uma neoplasia em benigna ou maligna e são analisados quesitos como se a massa é bem delimitada ou invasiva e o quanto é diferenciado, ou seja, o quanto as células são parecidas (bem diferenciadas) ou não das células normais (anaplásicas).
A nomenclatura das neoplasias depende do tipo de tecido afetado. Todos os tecidos são formados a partir de folhetos germinativos, ectoderma, mesoderma e endoderma.
Para tumores benignos do tecido mesenquimal, que é um tipo de parênquima, ou seja, tecido de preenchimento, é utilizado o sufixo OMA. É comum encontrar na literatura que a nomenclatura das neoplasias benignas segue a regra de se acrescentar o sufixo oma ao nome do tecido de origem, como por exemplo, um tumor do tecido adiposo chama-se lipoma, porém, o sufixo também pode ser usado para algumas neoplasias malignas, como por exemplo, o linfoma. Já para tumores mesenquimais malignos, acrescenta-se o sufixo sarcoma.
No caso de uma neoplasia epitelial benigna, usam-se os termos adenoma e papiloma e no caso de neoplasias epiteliais malignas, utiliza-se o termo carcinoma, como por exemplo adenocarcinoma e carcinoma espinocelular.
As neoplasias malignas do tecido linfo-hematopoiético são designadas linfomas. Como dito anteriormente, o sufixo OMA é utilizado para designar essa neoplasia, que ocorre nos linfócitos e leucemia, que ocorre nas células hematopoiéticas.
Por fim, as neoplasias com origem nas células germinativas (gônadas) são chamadas de teratomas quando benignas e teratocarcinomas quando malignas e possuem uma mistura de vários tecidos atípicos como cabelo, glândulas, músculos e ossos.
A carcinogênese ou oncogênese é o processo de formação de uma neoplasia que passa por vários estágios até chegar na formação de um tumor. Esse processo envolve alterações genéticas e um dano no material genético (DNA), transformado as células e desencadeando o desenvolvimento do tumor.
Bibliografia:
http://w2.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un5_Aula44CaracGerNeop.pdf
http://www.ufjf.br/deptopatologia/files/2011/08/Neoplasias-1.pdf
Show life that you have a thousand reasons to smile
© Copyright 2024 ELIB.TIPS - All rights reserved.