O Arquipélago, última parte da trilogia O Tempo e o Vento, encerra a saga da família.
Ambientado durante o governo de Getúlio Vargas, encontramos as reminiscências da família Terra-Cambará. No capítulo Reunião de Família, encontramos um vai e vem simbólico do tempo, no qual, acompanhamos a deteriorização da família, simbolizada pelo sobrado, e também uma associação daquela família com a evolução histórica do Rio Grande do Sul e do Brasil.
O Arquipélago nada mais é do que um profundo afastamento dos valores antigos e a falta de comunicação e entendimento entre a própria família gerando um silêncio profundo.
Nas páginas destes três tomos aparecem ou, melhor, são discutidas personalidades como Júlio de Castilhos, Borges de Medeiros, Assis Brasil, Getúlio Vargas, Oswaldo Aranha, Flores da Cunha, João Neves da Fontoura, Góis Monteiro, Luiz Carlos Prestes, João Alberto, Lindolfo Collor e muitos outros políticos brasileiros.
Destaca-se aqui o capítulo Diário de Sílvia, narrado em 1ª pessoa, diferente de toda a obra, traz as impressões e os relatos de Sílvia, noiva de Jango, mas que ama o irmão deste, Floriano. Em seu diário, Sílvia evoca as privações vividas na casa materna, os anos na escola normal e o amor intenso e frustrado por Floriano.
O Tempo e o Vento apresenta-se como um romance cíclico, já que no final da obra, encontramos Floriano Cambará, já um ancião, escrevendo a história da família e iniciando com as primeiras palavras que iniciaram O Continente, ou seja, as primeiras palavras de O Tempo e o Vento.
Fonte: http://minerva.ufpel.edu.br/~felipezs/ http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Tempo_e_o_Vento
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