O Ouro (Au), muito conhecido por ser símbolo de riqueza, é um elemento químico metálico nobre, ou seja, dificilmente sofre oxidação. Seu número e massa atômicos valem respectivamente 79 e 197 u. E, quando em estado oxidado (através de uma mistura de ácidos ou na presença de halogênios) apresenta Nox +3 ou +1.
É um ótimo condutor de eletricidade e calor, porém por inviabilidade econômica é praticamente inutilizado para esses fins. É o metal mais dúctil e maleável conhecido: cerca de 1 grama de ouro pode ser laminado em até 1 metro quadrado. Por isso utilizam-se outros metais, como a prata e o cobre, para que sua tenacidade aumente e a liga seja mais resistente que o ouro puro.
Em estado natural e nas condições ambiente, o Ouro é sólido e apresenta coloração amarela metálica com muito brilho.
Por ser um metal nobre, o Ouro é pouco reativo e seus principais compostos são: óxidos não espontâneos, como o Au2O3, o tricloreto de ouro (AuCl3) e o ácido cloroáurico (HAuCl4); além disso, é atacado por uma mistura de ácidos nítrico e clorídrico (na proporção 1:3) e se dilui em mercúrio.
O Ouro está presente em toda a parte da natureza, porém em concentrações ínfimas. Como exemplo, estão as águas do mar que contêm cerca de 1 Kg de ouro a cada 8,3 bilhões de litros, ou ainda, na crosta terrestre onde a concentração é de cerca de 1 Kg do metal a cada 200 000 toneladas de massa sólida (litosfera). As grandes minas possuem concentração de 1 Kg a cada 334 toneladas.
Por ser tão raro, o Ouro possui um alto valor comercial e esse valor está em constante mudança já que, assim como as moedas estrangeiras, possui preço cotado diariamente.
Há 18 radioisótopos conhecidos do Ouro (Au 197), sendo o Ouro 195 o mais estável, com meia vida de 186 dias.
As reservas mundiais de ouro são de cerca de 90 500 toneladas por ano, donde o Brasil detém cerca de 1,9 % (ou 1720 toneladas por ano, 10ª maior reserva). A produção ao redor do globo vale cerca de 2 500 toneladas por ano, e o Brasil contribui com cerca de 1,6% (ou 40 toneladas por ano, 14º maior produtor).
De acordo com as perspectivas de produção e consumo atuais, todo o Ouro existente na Terra deve durar até 2042, ou seja, pelos próximos 32 anos.
O ouro é amplamente utilizado na confecção de jóias (anéis, relógios, colares), medalhas, circuitos eletrônicos, moedas e até é submetido à modificação química para ser comestível (como visto em alguns doces e guloseimas refinadas).
Além do símbolo de ostentação, o Ouro (a forma de isótopo Au 198) é utilizado no tratamento de cânceres, nos processos de fotografia (como ácido cloroáurico) ou como revestimento de satélites por ser ótimo refletor de radiação infravermelha.
Para a determinação da pureza de uma liga de ouro, basta dividir sua classificação em quilates por 24 e multiplicar por 100, ou seja, um anel de 10 g de liga com 12 quilates possui 50% de sua massa constituída por Ouro (5 g).
O ouro é conhecido desde a Antiguidade: há evidências na Bíblia Sagrada e em hieróglifos escritos no Egito por volta do ano 2 600 a.C., portanto não existe nenhum responsável unânime pela sua descoberta.
Leia mais:
Fontes: THEODORE L. Brown, H. EUGENE LeMay, BRUCE E. Bursten. Química: A ciência central, São Paulo – SP: Editora Prentice-Hall, 2005. 9ª Edição. 992 págs. http://www.deboni.he.com.br/dic/quim1_079.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro http://www.tabela.oxigenio.com/metais_de_transicao/elemento_quimico_ouro.htm http://mundoestranho.abril.com.br/geografia/pergunta_292573.shtml
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