Bento II foi o 81º papa da história da Igreja Católica.
Nascido em 635, Bento era proveniente de Roma e viveu uma época de ruína do Império Romano, que se desintegrava em vários reinos independentes. Nesse contexto, a Igreja Católica procurava manter sua autoridade e conquistar total independência nas relações políticas. Ainda era comum a interferência dos imperadores na eleição de novos papas e nas decisões da instituição religiosa. Isso acontecia de tal maneira que, após o falecimento do Papa Leão II, passaram-se 11 meses até que Bento fosse consagrado como novo papa, em 26 de junho de 684, já que se aguardava a confirmação do imperador.
O Papa Bento II era dotado de muito conhecimento das cerimônias religiosas da Igreja Católica, pois se dedicou a elas desde a infância. Em seu exercício pontifício lutou contra a prepotência imperial para livrar a Igreja das suas imposições. O papa não teve muito tempo para grandes conquistas, mas, sem dúvida, ter superado o poder imperial para as decisões da Igreja, fazendo com que o imperador não precisasse mais confirmar o papa eleito, foi o grande legado de seu papado para a instituição religiosa.
O Papa Bento II ainda distribuiu cargos e recompensas para diversas ordens do clero e, inclusive, deixou 30 libras de ouro para serem divididas entre mosteiros, o clero e os leigos encarregados dos serviços da Igreja Católica.
Seu papado foi curtíssimo, mas politicamente muito importante para a Igreja Católica. O Papa Bento II faleceu no dia oito de maio de 685, menos de um ano após ter assumido o papado e aos 50 anos de idade. Foi, mais tarde, considerado santo. Seu sucessor foi o Papa João V.
Fontes: DUFFY, Eamon. Santos e Pecadores: história dos Papas. São Paulo: Cosac & Naify, 1998. FISCHER-WOLLPERT, Rudolf. Os Papas e o Papado. Petrópolis: Editora Vozes.
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