Dono foi o 78º papa da história da Igreja Católica.
Nascido em Roma em data desconhecida, Dono era filho do também romano Maurizio. Seu interesse pela vida religiosa ficou evidente desde muito cedo. Não há muita informação sobre sua vida antes do papado, mas sabe-se que Dono optou e ingressou cedo na vida eclesiástica, conquistando espaço e reconhecimento para se tornar um líder de toda a instituição religiosa.
Dono sucedeu o papa Adeodato II que faleceu no ano 676. No dia dois de novembro do mesmo ano, o conclave votou e decidiu pela eleição de Dono como novo Supremo Pontífice da Igreja Católica. Seu papado seria muito breve e em meio a grandes problemas. Assim que assumiu o posto, Dono teve de enfrentar o cisma de Ravena, que já vinha causando complicações. Foi bem sucedido, conseguindo encerrá-lo.
O Papa Dono teve pouco tempo para comandar a Igreja Católica, mas exerceu um pontificado dinâmico. Dono incentivou o desenvolvimento de escolas através de bispos em locais diversos, como Trevira, Galiléia e Cambrigde, que se tornariam referências culturais no futuro. Preocupou-se também com o patrimônio católico e romano, melhorando a arquitetura da cidade e restaurando as basílicas de São Pedro e São Paulo Extramuros.
O Papa Dono aproximou-se do Oriente e estabeleceu uma relação de amizade com o imperador Constantino IV, de Constantinopla, superando questões de cisma e permitindo o desenvolvimento de relações pacíficas com vizinhos.
Dono permaneceu pouco tempo como papa, pouco mais de um ano. O papa confiava muito em seu tesoureiro de nome Agatão. Embora este não tivesse estudos suficientes e necessários, Dono o considerou digno de receber ordens sacerdotais e o consagrou, criando-o cardeal e preparando-o para ser seu substituto. Dono sabia que não teria muito tempo de vida, faleceu no dia 11 de abril de 678 e foi enterrado na basílica de São Pedro. Seu tesoureiro, que já era um ancião, tornou-se efetivamente seu sucessor, papa Agatão.
Fontes: FISCHER-WOLLPERT, Rudolf. Os Papas e o Papado. Petrópolis: Editora Vozes. DUFFY, Eamon. Santos e Pecadores: história dos Papas. São Paulo: Cosac & Naify, 1998.
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