Eugênio I foi o 75º papa da história da Igreja Católica.
Nascido no ano 615 em Roma, Eugênio era descendente de família siciliana e sempre se dedicou à vida religiosa. Foi núncio em Constantinopla e conhecia bem as características da vida bizantina. Eugênio era reconhecido e valorizado por seu valor moral e intelectual. Era um homem íntegro na fé. Quando o Papa Martinho I foi exilado em Constantinopla não houve dúvida, Eugênio seria seu sucessor. Porém a situação forçou um fato curioso. O cerco e o exílio sofridos pelo Papa Martinho I deixaram a Igreja Católica e a comunidade cristã carentes de uma liderança efetiva. Cientes da difícil situação vivida pelo papa, Eugênio foi eleito sucessor em dez de agosto de 654, um ano antes da morte de Martinho I. Este teve um fim triste, pois foi perseguido, exilado e deposto pelo imperador Constante II, que, mais tarde, seria derrotado pelos muçulmanos.
Eugênio I assumiu o papado reestabelecendo a imagem de um papa presente em meio a um momento conturbado e de perseguições. Ainda que o cristianismo já tivesse se estabelecido como religião oficial do Império Romano, disputas políticas e territoriais acabavam envolvendo a Igreja Católica. Eugênio I comunicou toda a Europa sobre o sofrido fim de Martinho I e buscou novos rumos de estabilidade para os religiosos. O maior problema que enfrentou durante seu papado foi em relação aos monotelistas. Com eles discutiu um problema teológico muito presente na época que debatia sobre a natureza da vontade de Cristo. Alguns monges também suspeitaram de seu papado, acreditando que teria sido eleito em função de tramas com Constantinopla. Mas este foi um problema menor, pois Eugênio tinha respaldo amparado em sua vida religiosa e era dedicado ao cristianismo romano.
O Papa Eugênio I administrou as crises de seu papado com autoridade e manteve a unidade da fé. O papa excomungou os monotelistas e condenou a corte bizantina pelo ocorrido com Martinho I. Foi um opositor de Constante II, do qual se livrou em 655 graças ao ataque dos muçulmanos. Popularmente, Eugênio I era reconhecido como um papa benévolo e afável com todos. Preocupou-se muito com os pobres e deixou a eles todos os seus bens.
Eugênio I faleceu no dia dois de junho de 657 e foi sucedido pelo Papa Vitaliano. Seus restos mortais estão na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Fontes: DUFFY, Eamon. Santos e Pecadores: história dos Papas. São Paulo: Cosac & Naify, 1998. FISCHER-WOLLPERT, Rudolf. Os Papas e o Papado. Petrópolis: Editora Vozes. MCBRIEN, Richard P. Os Papas: os pontífices de São Pedro a João Paulo II. São Paulo: Edições Loyola, 2000.
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