Gregório I foi o 64º papa da história da Igreja Católica, entre 590 e 604.
Nascido em Roma no ano de 540, Gregório era proveniente de uma família tradicional aristocrática da cidade. Seu pai chamava-se Gordiaus e sua mãe chamava-se Santa Sílvia. Quando jovem, Gregório chegou a investir na carreira política e ocupou, inclusive, o cargo de prefeito de Roma. Após seu cargo político-administrativo, Gregório foi influenciado pelos escritos e a personalidade de São Bento. Resolveu, então, assumir a vida religiosa e ingressou em um mosteiro por volta de 575. Como homem religioso, foi tão dedicado que converteu sua casa no mosteiro de Santo André, além de fundar outros seis nas terras que sua família possuía na Sicília.
Antes de tornar-se papa, Gregório foi apocrisiário em Constantinopla, um cargo religioso que equivale atualmente ao de embaixador ou núncio apostólico. Outros religiosos que desenvolveram a mesma função em Constantinopla também chegariam ao Supremo Pontificado, como foi o caso dos papas Sabiniano, Bonifácio III e Martinho I. Com a morte do papa Pelágio II, o Conclave se reuniu e elegeu Gregório para ser o novo líder da Igreja, no dia 3 de setembro de 590.
O papa Gregório I foi o responsável por enviar os primeiros missionários com a missão de converter os anglo-saxões ao cristianismo. Um grupo de quarenta monges beneditinos se dirigiu às Ilhas Britânicas em uma missão que recebeu o nome de Missão Gregoriana. Seu nome também ficou popularmente reconhecido por difundir um tipo de música que se identificou muito com a Igreja, o canto gregoriano.
Gregório I foi muito ativo como Supremo Pontífice e produziu uma extensa obra escrita, contando com sermões e comentários sobre a bíblia. Um de seus atos mais famosos foi a compilação dos sete pecados capitais, fazendo sua adaptação para o Ocidente. Politicamente, Gregório enfrentou um problema com o Patriarca de Constantinopla que se declarava acima de todos os bispos do mundo. O papa respondeu se intitulando Servo dos Servos de Deus, o qual é utilizado pelos papas até hoje. Sua determinação em defender a Igreja rendeu-lhe o tratamento de respeito de Magno. É considerado também Doutor da Igreja e santo.
O papa Gregório I faleceu no dia 12 de março de 604, aos 64 anos de idade, e para o seu lugar foi eleito o papa Sabiniano.
Fonte:
DUFFY, Eamon. Santos e Pecadores: história dos Papas. São Paulo: Cosac & Naify, 1998.
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