A cólera aviária, também conhecida como pasteurelose ou septicemia hemorrágica, é uma doença infecciosa que acomete a maioria das espécies aviárias. Seu agente etiológico é a Pasteurella multocida. No entanto, a P. haemolytica, P. galinarum e a Riemerella anatipestifer, também podem gerar a enfermidade.
Essa doença era comum no início das criações avícolas, mas com a adoção de práticas sanitárias, a cólera aviária praticamente desapareceu, acometendo mais as criações caipiras. Entretanto, essa doença tem sido observada em lotes de matrizes poedeiras comerciais, sendo que nesses casos, a doença ocorre devido ao estresse térmico, restrição alimentar, imunossupressão, doenças intercorrentes e solução de continuidade por traumatismos.
A pasteurelose costuma acometer animais com mais de 6 semanas de vida e, o principal meio de infecção são as carcaças de aves que morreram com a doença e o agente etiológico pode permanecer no ambiente por até 3 meses, sendo que o agente infeccioso chega até as criações através de rato e outros roedores.
Os sintomas apresentados pelas aves são: febre, sonolência, relutam em andar, apresentam penas arrepiadas, inapetência, descarga oral mucosa, congestão ou cianose da crista e barbelas, diarréia inicialmente profusa, tornando-se aquosa, de coloração esbranquiçada, às vezes, com caráter de muco ou sanguinolenta. Pode evoluir para morte, podendo ocorrer sem nenhum sinal clínico, ou precedida por uma crise convulsiva.
O diagnóstico é feito com base nos sinais clínicos e através de exames bacteriológicos, através da análise de fragmentos de lesões e de órgãos, como fígado e medula óssea.
O tratamento é feito com a administração de antibióticos, como as sulfonamidas, tetraciclinas, neomicinas e quinolonas. Já o controle e a profilaxia são feitos através do combate de ratos e roedores silvestres, além da higiene e desinfecção periódica das instalações. Existe também a vacina, que deve ser aplicada no entre a 10° e a 16° semana de vida das aves, sendo duas aplicações com intervalo de 2 a 4 semanas.
Fontes: http://www.sovergs.com.br/site/conbravet2002/1691.htm http://www.acercsp.org/doencas.htm http://www.ourofino.com/portal/node/881 http://bacterioweb.univ-fcomte.fr/photo2detail.php?id=157
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