A poliartrite dos potros pode ser de dois tipos: septicemia do recém-nascido e septicemia tardia.
É uma infecção causada pela bactéria Shigella equirulis, sendo que ao mesmo tempo pode haver a participação de outras bactérias, como a Escherichia coli, Diplococcus pneumoniae, Proteus vulgaris, entre outras. As fontes de contaminação são a via umbilical e a via oral, sendo considerada muito difícil que a transmissão ocorra durante a vida uterina. Quando o potro nasce, aparenta ser saudável, no entanto, dentro de dois a três dias a doença se manifesta. Esta infecção é facilitada nos potros recém-nascidos com o sistema imunitário deficiente por não terem ingerido uma quantidade suficiente de colostro.
Acredita-se que a infecção possa ser a causa de uma hipogamaglobulinemia. Esta situação pode ser observada quando as éguas são primíparas, pois a tendência é que estas tenham pouco leite, quando o potro mama mal, ou naqueles casos em que o colostro possui baixo teor de gamaglobulinas.
O curso dessa afecção pode ser de dois tipos: subagudo e agudo. No primeiro caso, os potros nascem normais, no entanto, após poucas horas do primeiro dia de vida, mostram os sintomas, que são: prostração, depressão, param de mamar, tremores musculares, febre (41°C), mucosas pálidas, polipnéia, dispnéia e olhos fundos (sinal de desidratação). A enfermidade segue seu curso levando à óbito dentro de 15 a 24 horas.
No caso agudo da doença, os potros passam a manifestar os sintomas da doença 24 a 72 horas após o nascimento. Os sinais apresentados são: prostração, não mamam, febre (40-41°C), mucosas de cor roxo intenso, param com dificuldade, apresentam tremores musculares, pode apresentar dores articulares (especialmente na articulação do joelho, do tarso e do carpo). Há também a presença de diarréia, levando o animal à desidratação muito rapidamente, entrando em acidose; aparece também secreção nasal mucopurulenta.
Este tipo é causado pela bactéria Streptococcus pyogenes, sendo sua via de entrada principal, a umbilical, podendo também ser transmitida durante a vida uterina.
Os primeiros sintomas aparecem entre 14 a 21 dias de vida, sendo rara aparecer mais tarde. Ela afeta as articulações dando origem a uma poliartrite. No final de uma semana, podem estar afetas as demais articulações, podendo afetar, principalmente, as articulações dos quatro membros.
A dor é tão intensa, que o animal praticamente não pode permanecer parado, nem mamar, passando grande parte do tempo deitado. Às vezes, a septicemia resulta em uma meningite.
A profilaxia é feita com exames periódicos das éguas, para ver se há algum problema infeccioso no aparelho genital e nas vias respiratórias. Qualquer infecção que a mãe tiver, no momento que for montada ou inseminada, ou durante a prenhez, pode ser a causa desencadeante da enfermidade em recém-nascidos.
A higiene das maternidades durante o manejo do parto exerce um papel muito importante na prevenção desta enfermidade.
Fonte: Manejo de Haras – Problemas Y Soluciones – Raul Buide. Editora Hemisferio Sur.
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