A pressão osmótica é uma das propriedades coligativas das espécies químicas, e, para entendermos o que é a pressão osmótica, inicialmente devemos compreender o que é osmose:
Osmose é a passagem de um solvente puro ou diluído através de uma membrana semipermeável para uma solução mais concentrada. A membrana semipermeável impede que o soluto presente na solução de menor concentração passe por ela, permitindo apenas a passagem de partículas de tamanho pré-determinado (de acordo com a membrana utilizada) do meio mais diluído para o meio de maior concentração, desse modo, retendo o soluto de interesse.
Para obter o equilíbrio entre as concentrações dos meios, alguns dos componentes da solução mais concentrada atravessam a membrana passando ao meio de menor concentração, desse modo, a diferença entre as concentrações nos dois lados da membrana faz com que somente o liquido passe do lado mais diluído para o mais concentrado. Esse é basicamente o processo de osmose, contudo, para que possamos interromper esse processo, é necessário que se exerça uma pressão sobre o meio mais concentrado, esta pressão é denominada Pressão Osmótica.
Pressão Osmótica é a pressão que deve ser aplicada à solução para evitar que ocorra o fluxo osmótico, ou seja, a passagem de solvente do meio mais diluído para o meio mais concentrado através de uma membrana semipermeável.
Segundo o botânico alemão Wilhelm Pfeffer (1845 – 1920), através de um experimento realizado em 1877, a pressão osmótica é proporcional à concentração de soluto, e cresce à medida que a temperatura da solução é aumentada. Se a pressão aplicada para interromper o fluxo for excessiva, ao invés de encerrar o processo de osmose, este será revertido, ocasionando a osmose reversa, que fará a passagem do fluxo do meio de maior concentração para o de menor concentração.
A osmose está presente nos sistemas biológicos celulares, onde as paredes celulares funcionam como membrana semipermeável e os nutrientes das células entram e saem através dela. Dependendo da concentração de soluto, a célula pode encolher, inchar ou permanecer com seu volume. Dependendo da direção do fluxo de água, nestes casos, a solução externa é chamada de isotônica, hipertônica ou hipotônica.
A osmoscopia estuda a passagem de solvente de uma solução de menor concentração para uma solução de maior concentração através de uma membrana semipermeável, mas o que é uma membrana semipermeável?
Para entendermos melhor, vejamos uma definição:
Membranas Semipermeáveis são membranas que possuem ação seletiva quanto ao tipo de substância ou tamanho de partícula que pode atravessá-la. Alguns exemplos de membranas semipermeáveis são: papel celofane, tripa de porco e a parede celular.
No dia a dia podemos observar esse fenômeno em coisas simples do dia a dia, como por exemplo, ao temperar saladas de folhas cruas e não consumi-las imediatamente, elas tendem a murchar pois a água passa do meio menos concentrado (interior das folhas) para o meio mais concentrado (tempero que contém sal).
Referências bibliográficas:
FONSECA, M.R.M. da. Química 2. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013.
SANTOS, W. L. P.dos. Química Cidadã: Ensino Médio: 2ª série. ed. AJS, 2013.
http://www.quimica.ufpr.br/mvidotti/cq110-aula03.pdf
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