O rotavírus é um vírus que possui como material genético uma fita RNA de dupla hélice, pertencente à família dos Reoviridae e são os principais causadores de diarréia grave em lactantes e crianças jovens.
Classificam-se sorologicamente em grupos, subgrupos e sorotipos. Atualmente, há conhecimento de 7 grupos: A, B, C, D, E, F e G, que acometem diferentes espécies de animais, sendo que A, B e C estão ligados à doença nos seres humanos.
Este vírus está presente em alta concentração nas fezes de crianças infectadas e sua transmissão ocorre via fecal-oral, por contato pessoa-pessoa e também através de fômites. O pico de excreção do rotavírus se dá no 3° e 4 dia a partir do surgimento do primeiro sintoma. Seu período de incubação varia de 4 a 10 dias.
A forma clássica da doença, que é mais comum em crianças de 6 meses a dois anos, a doença manifesta-se através de um quadro súbito de vômito, precedido de diarréia em grande parte dos casos, sendo observada febre alta. Em crianças com menos de 4 meses de vida, pode ocorrer infecção assintomática em decorrência da proteção materna conferida pelo colostro. Em adultos que entram em contato com o vírus, e comum observar quadros subclínicos. A diarréia caracteriza-se por ser aquosa, com aspecto gorduroso, durante de 4 a 8 dias.
O diagnóstico é feito com base na anamnese realizada pelo médico, histórico clínico e confirmação laboratorial, através da pesquisa do agente nas fezes do paciente, sendo que a época ideal para a realização desse exame vai do primeiro ao quarto dia da doença, ou seja, quando há a maior excreção do rotavírus. O teste mais utilizado é o ELISA, podendo ser realizados outros exames como PCR, microscopia eletrônica, cultura e métodos sorológicos.
Esta doença tende a evoluir espontaneamente para a cura. No entanto, é fundamental prevenir a desidratação e distúrbio hidroeletrolíticos que o paciente pode vir a ter. Não há um tratamento específico para combater este vírus, sendo as recomendações apenas manter uma dieta alimentar normal.
Em casos de surto dessa doença, deve ser imediatamente notificado ao Sistema de Vigilância Epidemiológica Municipal, Regional ou Central, para que sejam tomadas medidas de controle. No ano de 1998, foi liberada nos Estados Unidos uma vacina tetravalente. Entretanto, recentemente seu uso foi suspenso até ser realizada uma melhor avaliação quanto a sua segurança. Devem ser tomadas medidas básicas de higiene, como lavar as mãos, realizar controle da água e dos alimentos, dar destino adequado aos dejetos e ao esgoto, entre outras. Outro ponto importante é a realização do aleitamento materno para conferir imunidade ao recém-nascido.
Fontes: http://www.liv.ac.uk/mmgum/research/dr_cunliffe/index.htm http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/IF_63ROTA.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Rotavírus http://www.copacabanarunners.net/rotavirus.html
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