Sarcocistose é uma doença que acomete o homem e uma variedade de animais (mamíferos, pássaros, répteis), causando que causa pequenas lesões na mucosa intestinal. Não é uma doença muito frequente e também não é muito conhecida no homem. O agente etiológico é o protozoário do gênero Sarcocystis spp, com muitas espécies diferentes, que tem o homem como um dos hospedeiros definitivos. Os hospedeiros intermediários são os animais herbívoros ou onívoros, onde o parasita faz o seu ciclo assexuado. Os hospedeiros definitivos são animais carnívoros e onívoros, sendo representados pelo homem, cães e gatos. Nestes hospedeiros, o parasita faz o seu ciclo sexuado. As espécies de Sarcocystis possuem especificidade em relação ao hospedeiro intermediário. A espécie que parasita o homem é Sarcocystis hominis.
Ao ingerir carne de animais herbívoros ou onívoros (hospedeiros intermediários) contaminada com sarcocistos (cistos teciduais), os hospedeiros definitivos (homens, cães e gatos) adquirem a doença. Os hospedeiros intermediários adquirem o parasito ao ingerir esporocistos que são eliminados nas fezes dos hospedeiros definitivos. Os esporocistos de Sarcocystis hominis só aparecem nas fezes do homem 10 dias após a infecção.
Febre, anorexia, prostração, palidez das mucosas, corrimento nasal e ocular, dispneia, salivação, podendo causar a morte. Estes sintomas costumam ser mais graves em pacientes imunocomprometidos.
O diagnóstico é dado com a análise dos sintomas e a demonstração histológica de esquizontes nos vasos sanguíneos e órgão e da presença de cistos nos músculos à necropsia ou biópsia. Estes métodos não determinam a espécie, pois a morfologia do parasito pode ser comum a várias espécies. Teste de hemaglutinação indireta auxilia no diagnóstico, mas não implica a presença de lesões ativas. Em cães e gatos, o exame de fezes pode ser útil no diagnóstico. Como diagnóstico diferencial os testes de RIFI e ELISA podem ser usados.
Não existe tratamento eficaz para a infecção em nenhum dos hospedeiros.
As medidas a serem adotadas incluem: não ingerir carne crua do hospedeiro intermediário; não deixar carcaças de animais abatidos no campo, evitando que sejam consumidas pelos cães; esclarecer aos habitantes rurais sobre esta enfermidade.
Bibliografia:
GUILLEN, A.C. Diferentes métodos de diagnóstico molecular na diferenciação das espécies de Sarcocystis spp. Monografia de conclusão de curso. 2011.
NAKASATO, F. H.; SAITO, A. S.; TANENO, J. C.; GARCIA, M. M.; NEVES, M. F. Sarcocystis spp: revisão de literatura. REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA. Ano VI – Número 11 – Julho de 2008
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