A Segunda Guerra Púnica é a mais famosa entre a série de conflitos ocorridos entre Roma e Cartago na Antiguidade.
Enquanto Roma ainda se desenvolvia como um grande império na Europa, a cidade de Cartago gozava de grande prosperidade no Mar Mediterrâneo. Cartago era uma cidade enriquecida em razão do frutífero e diversificado comércio que realizava por conta de sua posição estratégica no Mediterrâneo. Cartago tinha relações estabelecidas e solidificadas com o norte da África e com ilhas em torno da Europa.
Roma e Cartago tinham boas relações diplomáticas, mas o processo de expansão romano desagradaria os cartagineses em certo momento. Quando Roma decidiu invadir a ilha de Sicília, Cartago se mostrou insatisfeita e um conflito entre as duas maiores potências do Mediterrâneo na época entraram em conflito. A ilha de Sicília era uma importante parceira comercial de Cartago, e esta não queria perder seus privilégios.
Roma e Cartago se enfrentaram em uma guerra inicial que resultou na rendição de Cartago e na imposição de severas punições por parte dos romanos. A conseqüência foi danosa para os dois lados, embora para Cartago, lado perdedor, tenha sido naturalmente pior.
A Segunda Guerra Púnica foi consequência ainda da Primeira Guerra Púnica. Quando os cartagineses perderam o primeiro conflito, saíram quase totalmente destruídos economicamente e demograficamente. Um tratado de paz foi assinado com os romanos no qual ficavam estabelecidas as áreas de influência de cada cidade. Cartago manteve o domínio sobre regiões da Espanha, onde tentou se reerguer após os prejuízos sofridos.
Cartago iniciou um processo de expansão na Península Ibérica visando conquistar mais minas de ouro e utilizando a região como fonte de recursos para voltar a colocar de pé a grande potência de outrora. Roma sentiu-se insatisfeita com a progressão dos cartagineses e com o possível lucro que poderiam obter com isso. Os romanos enviaram uma comitiva diplomática para negociar com Cartago o cessar da expansão pela península, mas os cartagineses não aceitaram. Rancorosos e interessados em uma oportunidade de revanche, os cartagineses prosseguiram o processo de expansão e Roma enfim declarou guerra novamente.
Todavia, nesta ocasião a situação era muito diferente. Cartago não tinha os recursos humanos e materiais que desfrutara outrora para combater o Império Romano. Era impossível para os cartagineses suportar por muito tempo um conflito com a cidade que se tornara a grande potência ocidental. O conflito começou em 218 a.C. e terminou em 201 a.C. com uma nova derrota e rendição de Cartago.
A Segunda Guerra Púnica foi a mais importante para Roma, pois com a vitória neste conflito o Império Romano realmente se consolidou como grande potência na Europa. A nova vitória determinou a conquista romana da Península Ibérica e das outras regiões que ainda estavam sob domínio de Cartago, além de solidificar o poder na Península Itálica e partir para a conquista do Oriente. Cartago, por sua vez, saiu aniquilada economicamente e enfraquecida para qualquer combate. Mesmo assim, uma nova Guerra Púnica ainda ocorreria.
Fontes: http://explorethemed.com/Punic2Pt.asp?c=1 http://www.guerras.brasilescola.com/roma-antiga/segunda-guerra-punica.htm http://www.colegioweb.com.br/historia/segunda-guerra-punica
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