A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST), de natureza infectocontagiosa, podendo ser adquirida em qualquer fase da vida. É conhecida desde o século XV, quando se disseminou rapidamente pela Europa, e hoje em dia ainda é um problema de saúde importante em países subdesenvolvidos e desenvolvidos. Como a grande maioria das doenças infectocontagiosas, pode aumentar o risco de transmissão da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA - AIDS).
O agente causador é uma bactéria conhecida como Treponema pallidum, que só acomete seres humanos. É conhecida há mais de cem anos, mas o seu cultivo em laboratório é muito difícil.
A transmissão ocorre pela relação sexual sem o uso de camisinha com indivíduo contaminado. A mãe contaminada pode transmitir a doença durante a gestação ou na hora do parto (sífilis congênita). Por isso é importante que a mulher grávida faça o exame pré-natal. Mais raramente, a sífilis pode ser transmitida pela transfusão sanguínea e objetos contaminados. As lesões normalmente se localizam na vulva, vagina e colo uterino nas mulheres e no pênis no homem. Podem ocorrer lesões ainda no ânus, boca, ou outros locais da pele em ambos os sexos.
O tempo de incubação do agente varia de duas semanas a muitos meses. Se a infecção não for tratada a tempo, pode ocorrer comprometimento dos sistemas cardiovascular e nervoso, com paralisia que pode levar à morte.
São conhecidos quatro estágios da doença: estágio primário, secundário, período latente e terciário.
O diagnóstico sorológico é feito com o teste Teste Rápido, que está disponível no SUS. Quando há um resultado positivo, uma amostra de sangue é recolhida para realização de outro teste para a confirmação do diagnóstico. Caso seja positivo o tratamento deve ser iniciado prontamente. Por se tratar de uma DST, o casal deve realizar o tratamento em conjunto, para que não ocorra nova infecção.
O tratamento mais comumente utilizado é a benzatina (um tipo de penicilina). Outros antibióticos podem ser usados como a azitromicina, a doxiciclina e a tetraciclina.
Existe um tabu para a procura por tratamento para DST de um modo geral. Isso ocorre porque essas doenças são estigmatizadas como sendo associadas à promiscuidade e os indivíduos contaminados ficam com receio de procurar ajuda médica. Por conta disso, a incidência destas doenças e mais especificamente a da sífilis está aumentando. Ao menor sinal de sintomas, deve-se procurar ajuda médica.
Bibliografia:
Soares, JL. Programas de Saúde. Editora Scipione.
Tortora, Gerard J. Microbiologia. 10. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2012.
http://www.aids.gov.br/pagina/sifilis
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