Sífilis ou cancro duro é uma doença sexualmente transmissível (DST), infectocontagiosa, causada pela bactéria Treponema pallidum.
Ela acomete todo o organismo e tem evolução lenta, com períodos de manifestação aguda e períodos de latência, ou seja, sem manifestações.
No Brasil, entre 2015 e 2016, os casos de sífilis adquirida aumentaram em 27,9%, resultando em uma epidemia da doença.
Em 2015, houveram 6,5 casos de bebês infectados a cada 1000 nascidos vivos. Isso representa mais de 10 vezes o recomendado pela Organização Mundial de Saúde.
As formas de contagio da sífilis são:
A sífilis é dividida em primária, secundária e terciária, de acordo com a sua evolução. Em cada uma das fases a doença apresenta sintomas e características específicas.
Porém, as fases podem se sobrepor e os sintomas não apresentam necessariamente a mesma ordem.
A sífilis primária é o estágio inicial da doença e caracteriza-se como uma lesão ulcerada (cancro) que causa pouca ou nenhuma dor.
Tal lesão geralmente é única, com a base endurecida, lisa, brilhante e que libera uma secreção líquida, transparente e escassa.
Na mulher, a lesão pode surgir nos grandes lábios, vagina, clitóris, períneo e colo do útero. Enquanto que no homem pode se manifestar na glande e no prepúcio.
A úlcera é acompanhada de ínguas nas virilhas que não causam dor. Elas podem aparecer entre 2 a 3 semanas após a relação sexual, sem proteção, com a pessoa infectada.
Mesmo sem tratamento, a ferida desaparece espontaneamente sem deixar cicatriz. Isso causa a falsa impressão de cura.
Caso a doença não seja tratada na fase primária, evolui-se para a sífilis secundária, após 4 a 8 semanas do aparecimento do cancro.
A fase secundária caracteriza-se pela disseminação da bactéria pelo organismo.
Nesse momento, os sintomas da doença são:
Os sintomas nessa fase também desaparecem sozinhos, dando novamente a falsa ideia de cura.
A partir da fase secundária, a sífilis pode ficar latente por anos. Nesse período ela não apresenta sintomas e pode evoluir para a fase terciária.
A fase terciária da sífilis caracteriza-se por manifestações severas nos órgãos comprometidos.
Além da manifestação dos mesmos sintomas da fase secundária, também pode causar: meningite, paralisia de nervos e obstrução nos vasos sanguíneos no cérebro, com risco de cegueira e acidente vascular cerebral (AVC).
A doença afeta a medula espinhal, provocando perda de reflexos e da sensibilidade dos membros, podendo levar à paralisia.
No sistema cardiovascular, a sífilis compromete o trabalho das válvulas cardíacas e pode lesar grandes artérias como a aorta.
Evolução da sífilisLeia também:
A sífilis congênita é transmitida da mãe infectada para o feto, podendo causar aborto ou más formações.
Durante a gravidez, a sífilis pode causar aborto, má formação do feto ou morte do bebê, caso a doença esteja avançada.
Em bebês vivos, a maioria dos sintomas manifestam-se nos primeiros meses de vida. São eles:
A prevenção da sífilis envolve:
A sífilis tem cura e o tratamento é feito com antibióticos, especialmente a penicilina. Porém, os danos que a infecção pode provocar nos órgãos algumas vezes são irreversíveis.
Leia sobre a Descoberta da Penicilina.
Lana MagalhãesLicenciada em Ciências Biológicas (2010) e Mestre em Biotecnologia e Recursos Naturais pela Universidade do Estado do Amazonas/UEA (2015). Doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia pela UEA.Show life that you have a thousand reasons to smile
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