O tálio (Tl) é um metal representativo localizado na penúltima posição do grupo 13 (mesma do boro e alumínio). Possui número atômico Z = 81 e massa atômica ponderada (entre os dois únicos isótopos estáveis) A = 204,4 u.
É mole e maleável (podendo ser até mesmo seccionado com auxílio de um bisturi ou faca) com brilho característico metálico, quando puro. Mas, ao ser exposto ao ar, adquire coloração cinza-azulada: assim, torna-se mais protegido quando imerso em água (pois não é oxidado, já que o tálio é mais redutível que o hidrogênio).
Em fevereiro deste ano (2011) foi encontrada a primeira jazida de tálio no Brasil – no município de Barreiras, BA -, com reserva estimada em mais de 60 toneladas apenas na primeira área onde a pesquisa foi concluída (o necessário para suprir o mercado mundial por 6 anos).
É sólido nas condições ambiente, apresentando cor branco-prateada quando em estado metálico elementar. Possui estados de oxidação mais comuns iguais a +1 e +3 (assim, tende a formar óxidos de características alcalinas) e sua estrutura cristalina é hexagonal.
Não é bom condutor de eletricidade, mas é relativamente bom condutor de calor (cerca de 25% menos que o ferro e 50 vezes mais que o vidro). Os valores dos pontos de fusão e ebulição são aproximadamente iguais a 305°C e 1470°C.
O tálio está presente na crosta terrestre com concentração média de 1ppm (relativamente abundante, quando compara-se ao antimônio, bismuto ou prata), mas é economicamente inviável realizar sua extração direta: assim, geralmente é obtido como produto secundário de minerais de potássio.
Os únicos produtores de tálio até então são a China e o Cazaquistão (com a descoberta da reserva na Bahia, esse cenário deve mudar). Por isso é extremamente raro: cada grama chega a custar 6 dólares.
As aplicações mais comuns são ligadas ao setor de inseticidas e venenos para roedores (hoje, é proibido o uso do sulfato de tálio para tais). Porém, pode-se utilizar o tálio como aditivo de vidros especiais (com elevados índices de refração, quando sob forma de óxidos), para produção de alguns fusíveis (junto ao chumbo), ou até mesmo para diagnóstico de doenças coronárias e detecção de tumores.
Também é utilizado nos estudos de supercondutores em altas temperaturas e outras áreas da eletrônica (como armazenadores de energia).
Apesar de ter sido empregado no tratamento de infecções de pele, por exemplo, possui uso extremamente limitado pela sua pequena margem entre enfeito farmacêutico e tóxico: acredita-se que o tálio seja cancerígeno. Logo, deve ser manuseado com cuido. E, a exposição prolongada ou a níveis muito altos (acima de 0,1mg/m³ por 40 horas semanais – em caso de compostos solúveis de tálio) pode causar desde perda dos cabelos à danos em nervos periféricos.
Fontes: http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenes-p/elem/e08100.html http://www.tabela.oxigenio.com/outros_metais/elemento_quimico_talio.htm Foto: http://www.gfsnet.org/msweb/Elements/Pages/thallium.html
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