O Terceiro Concílio de Latrão foi realizado no ano de 1179.
Apenas 40 anos depois do Segundo Concílio de Latrão, a Igreja Católica realizou um segundo concílio ecumênico. Mais uma vez, o problema do cisma no cristianismo estava no centro dos problemas e caracterizava a necessidade de se convocar um novo encontro de clérigos. Durante alguns anos, o papa Alexandre III esteve em desacordo com Frederico I, que era imperador do Sacro Império Romano-Germânico. Esse desentendimento foi amenizado em função de um acordo denominado Paz de Veneza, em 1117. O motivo do conflito entre as duas autoridades estava na morte no papa anterior, Adriano IV. Quando este faleceu, em 1159, o cristianismo passou a contar, mais uma vez, com dois papas, Alexandre III e Vitor IV. Frederico I apoiava o segundo e não queria que ninguém colocasse em risco seu poder, o que o fez declarar guerra ao outro papa e aos estados italianos.
O falecimento do antipapa Vitor IV não amenizou os desentendimentos com Alexandre III porque outros antipapas vieram. Primeiro foi Pascoal III, que marcou oposição entre os anos de 1164 e 1168, e, depois, seu sucessor, Calisto III, foi o antipapa até 1178. Este esteve com Frederico I durante a Paz de Veneza para estabelecer o acordo de trégua. A situação foi favorável ao papa Alexandre III.
O Terceiro Concílio de Latrão foi resultado de uma promessa que Alexandre III fez ao imperador Frederico I durante a Paz de Veneza. O encontro ocorreu no ano de 1179 e reuniu cerca de 300 bispos. Além de resolver as questões do mais recente cisma da Igreja Católica, o concílio ainda discutiu questões referentes ao catarismo, ao valdensianismo e à disciplina eclesiástica. Os eclesiásticos reunidos no concílio condenaram os valdenses, ou seja, os indivíduos que seguiam Pedro Valdo, um comerciante francês que abandonou todos os seus bens após ler uma tradução do Novo Testamento. Pedro só manteve como posse aquilo que era necessário para sustentar sua família. Isso criou uma série de seguidores que foram todos excomungados pela Igreja Católica. Os cátaros, por sua vez, também foram considerados heréticos pela Igreja no concílio. O catarismo foi um movimento cristão que ocorreu no sul da França e no norte da Itália fazendo forte ligação com o gnosticismo do início da era cristã. A condenação desses grupos esteve inserida em um processo de discussão sobre a disciplina eclesiástica.
O Terceiro Concílio de Trento promulgou 27 cânones, versando principalmente sobre a obrigatoriedade da eleição dos papas ser feita unicamente pelo colégio de cardeais e sobre a sodomia. Foi o primeiro concílio da Igreja que condenou esta prática. Além disso, anulou os atos dos antipapas opositores de Alexandre III, determinou idades para ordenação e excomungou quem taxava as igrejas e os que praticavam a usura.
Fontes: http://www.rotadoromanico.com/SiteCollectionDocuments/Sociedade/A_Reforma_Papal_a_Continencia_e_o_Celibato_Eclesiastico.pdf http://www.nea.uerj.br/publica/e-books/mediterraneo1/DOC/Wendell%20dos%20Reis.pdf
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