O tório (Th) é um metal de transição interna (série dos actinídeos) pertencente ao grupo 3 da tabela periódica. Possui número atômico Z = 90 (prótons e elétrons) e massa atômica ponderada igual a 232,0 u (particularmente, o isótopo mais estável, Th-232, é o único disponível na natureza e corresponde à 100% de abundância do elemento).
Nas condições ambientes, é sólido de coloração branco-prateada brilhante (ou gradativamente cinza, se exposto ao ar) e levemente radioativo (o núcleo apresenta estabilidade considerável, uma vez que o Th-232 possui meia-vida de mais de 14 bilhões de anos. E, ao se desintegrar, dá origem a um isótopo do radônio, Rn-220, ou outros isótopos, com Pb-208).
O tório apresenta baixa atividade radioativa, ou seja, a emissão de radiação dá-se de forma bem discreta (isso é válido apenas para o isótopo mais estável, Th-232). Mas, mesmo assim oferece riscos à saúde humana por poder dar origem a outras espécies.
O retículo cristalino desse metal é do tipo cúbico de faces centradas (cfc) e os átomos constituintes apresentam baixa eletronegatividade (1,3 na escala Pauling). O estado de oxidação mais comum é o +4 e é o segundo elemento da série dos actinídeos (possuindo relativa semelhança com todos os outros que seguem essa série) e o penúltimo elemento cisurânico (com número atômico menor que o do urânio), atrás apenas do protactínio.
A densidade específica do tório vale aproximadamente 11720 Kg/m³, e os respectivos valores de ponto de fusão e ebulição estão por volta de 1750°C e 4788°C. É um condutor intermediário de calor – conduzindo 32,5% menos que o ferro, e também condutor de intermediário de corrente elétrica – conduzindo 25,6% menos que o ferro. Para efeito de comparação, a prata, o melhor condutor de todos os metais, é cerca de 700% mais eficiente.
O tório é mais abundante na crosta terrestre que o actínio. A concentração média varia entre 6 e 15 ppm, o que o caracteriza como 3 vezes mais abundante que o urânio. Entretanto, na Índia, alguns depósitos podem apresentar até 90Kg a cada tonelada de terra (90.000 ppm).
Surge associado principalmente a terras-raras e urânio – sendo as maiores fontes os minérios monazite e torite. Além da Índia, o Brasil, Austrália, Malásia e outros seletos países possuem reservas identificadas.
As principais aplicações do tório geralmente se enquadram no ramo de ligas metálicas, catálise de reações, produção de energia (no processo de obtenção do U-233), fabricação dispositivos termoelétricos (lâmpadas incandescentes, lampiões a gás, filamentos de tungstênio em equipamentos eletrônicos) e células fotoelétricas.
Mesmo que seja pouco intensa a sua atividade radioativa, a exposição ao tório livre pode acarretar danos, pois na cadeia de decaimento para radônio Rn-220 e chumbo Pb-208, alguns de seus isótopos são muito instáveis (emitem, portanto, algum tipo de radiação ionizante).
Caso esteja pulverizado e disperso no ar, a sua inalação aumenta o risco de contrair cânceres nos pulmões, pâncreas e sangue. Logo, necessita-se sempre de uma atmosfera ventilada para o trabalho com esse metal. Caso esteja pulverizado, ou sob forma de certas ligas, e contido em algum recipiente, ao entrar em contato com o ar, pode explodir violentamente (é extremamente pirofórico sob estas condições).
Bibliografia: http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenes-p/elem/e09040.html (acesso em 05/06/2011) http://www.tabela.oxigenio.com/actinidios/elemento_quimico_torio.htm (acesso em 05/06/2011)
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