Ubirajara

Pertencente ao Romantismo, o romance Ubirajara, de José de Alencar, é um dos romances indianistas do autor, junto com O Guarani e Iracema. O romance foi o último que o autor escreveu neste gênero, e teve o intuito de promover ou resgatar a nacionalidade.

O índio, protagonista da história, representa a base da formação do povo brasileiro, na visão do nacionalismo romântico. O romance reconstrói a imagem do índio, defende sua cultura e tentam evidenciar as diferenças entre ele e os europeus.

O romance busca resgatar alguns valores humanos, atribuindo-os aos índios, tais quais a lealdade, a bravura, a valentia, etc. Defende itens da cultura indígena como a poligamia, e culpa os portugueses pelas consequências do processo de colonização que, segundo a visão da obra, acabou fazendo com que o índio brasileiro perdesse sua identidade cultural. Neste e nos demais romances indianistas, José de Alencar buscou resgatar os valores intrinsecamente indígenas, exaltando-os, enquanto criticava os valores trazidos pelos europeus.

A narrativa fala de Jaguarê, um índio jovem, caçador, que luta para se tornar guerreiro, até que vence o grande guerreiro Pojucã, e finalmente é reconhecido como herói. Passa, então, a ser chamado de Ubirajara, o senhor da terra, passando a ser chefe da tribo dos araguaias. Em dado momento, encontra Araci, uma virgem tocantim, filha do chefe Itaquê, e é recebido por este como pretendente de Araci. Para tanto, precisa, no entanto, enfrentar outros pretendentes. Forma-se portanto um triângulo amoroso, visto que havia uma pretendente de sua tribo chamada Jandira, com a qual o índio já iria constituir família.

Em seguida o pai de Araci descobre que o Ubirajara era da tribo inimiga e o prende. Os araguaias invadem a aldeia dos tocantins e as duas tribos lutam, até que Ubirajara consegue dobrar o arco de Itaquê e se torna o chefe das duas tribos, que se juntam e passam a se chamar Ubirajaras. O herói se casa com Araci e com Jandira, e se tornam uma só família.

O romance foi produzido em 1874 e é considerado um típico romance indianista de José de Alencar. Exaltando a natureza brasileira como paradisíaca, e o índio como um herói, o autor utiliza uma linguagem rica em adjetivos e figuras de linguagem.

A narração é feita em terceira pessoa, e o narrador é predominantemente observador, tendo alguns momentos de onisciência. O tempo é cronológico, e conta uma história anterior ao descobrimento do Brasil, se passando na mata da região do Tocantins

Como todo bom romance romântico, a história não poderia deixar de conter as lutas, as histórias de amor, os cantos de amor, e a linguagem poética.

Fontes: http://vestibular.uol.com.br/resumos-de-livros/ubirajara.htm http://www.vestibular1.com.br/resumos_livros/ubirajara.htm http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_1810.html http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/u/ubirajara http://pt.wikipedia.org/wiki/Ubirajara_(livro)

More Questions From This User See All

Recommend Questions


10 exemplos de cordel para conhecer literatura popular
Confira esta seleção de poemas de cordel de temas variados e conheça um pouco sobre os seus autores

O que são quadrinhas populares e 23 exemplos para ler e recitar
Pelo fato de serem fáceis de memorizar, as quadrinhas são um recurso bastante utilizado na alfabetiza&cced

Conceição Evaristo: vida, obra e importância na literatura brasileira
Nascida em Belo Horizonte (MG), em 1946, Conceição veio de uma família humilde e trabalhou como emp

Literatura técnica
Assim sendo, a literatura técnica tem grande relevância para a difusão do conhecimento. Ela consiste num meio pelo qual

Romantismo
Esse movimento surgiu no século XVIII na Europa, durante a revolução industrial, e logo se espalhou

Literatura de Informação
É importante ter em mente que, nesse período, teve vigência um movimento que tinha suas ideias muito relacionadas ao Ren

Narrador heterodiegético
A presença desse narrador pode ser encontrada na obra Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, no seguinte trecho:

Narrador homodiegético
Segundo a escritora e professora Ligia Chiappini Moraes Leite, em O Foco Narrativo (1985), a tipologia da narrativa cria

Narrador autodiegético
É aquele que narra uma ação que gira em torno de si próprio. Assim, ele acumula todos os detalhes vividos por ele, o pro

Carolina Maria de Jesus
Carolina de Jesus era catadora de lixo e tinha pouca instrução, mas era apaixonada pelas letras e lia com

Smile Life

Show life that you have a thousand reasons to smile

Get in touch

© Copyright 2024 ELIB.TIPS - All rights reserved.