Vacina inativada

Vacinas são preparações que são introduzidas no organismo com a finalidade de desencadear uma reação no sistema imunológico como a que ocorre na infecção. A finalidade dessa reação é permitir que o organismo crie anticorpos para as doenças provocadas pelo agente, tornando o organismo imune. Por isso nos referimos à vacina como sendo uma forma de imunização ativa. Pode-se utilizar o microorganismo atenuado ou inativado. É normal que ocorram reações após a aplicação da vacina como febre, dor local e dores musculares. No Brasil as vacinas são produzidas basicamente pelo Instituto Butantã em São Paulo e por Bio-Manguinhos no Rio de Janeiro.

Vacinação. Foto: New Africa / Shutterstock.com

Histórico

O termo “vacina” tem origem no nome científico da varíola bovina (Variolae vaccinae). No ano de 1798, o médico inglês Edward Jenner observou que ordenhadoras de vacas não adquiriam varíola se tivessem sido contaminadas com a versão bovina da doença. Ele inoculou o pus da ferida de uma ordenhadora que estava com a doença em um menino saudável de oito anos. O menino contraiu a forma branda da doença e depois ficou curado. Um tempo depois, ele inoculou no mesmo menino, o líquido de uma ferida de varíola humana. Ele não contraiu a doença, significando que estava imune à doença. Em 1881, quando Louis Pasteur começou a desenvolver a segunda geração de vacinas, ele sugeriu o termo para homenagear Jenner. A partir deste momento, as vacinas começaram a ser produzidas em grande escala e se tornaram a melhor forma de prevenção de doenças.

Vacina inativada

São vacinas em que são utilizados os microrganismos mortos ou partes deles. A inativação ocorre com fenol, formol ou calor. Possuem uma segurança maior se comparadas às vacinas atenuadas, mas em compensação a sua capacidade de imunização é menor, por isso são necessárias, em alguns casos, mais de uma dose, e uma dose de reforço. As vacinas da raiva, Influenza, a da pólio injetável e hepatite A são exemplos de vacinas inativadas de vírus. A pneumonia pneumocócica e cólera são exemplos de vacinas de bactérias inativadas. De maneira geral, esse tipo de vacina é formulada com adjuvantes (que são componentes que ajudam na estimulação do sistema imunológico). Como os organismos componentes deste tipo de vacina estão mortos, não há risco de causar infecção em pessoas com imunodeficiência ou em gestantes, diferentemente do que ocorre com as vacinas atenuadas.

Produção de vacina do vírus Influenza

A produção de vacinas é um processo complexo, com diversas etapas, podendo durar meses. A produção da vacina contra o Influenza (vírus causador da gripe) dura cerca de nove meses e tem como base o ovo. É utilizada uma linhagem de galinha específica e preparada para produzir os ovos que serão utilizados exclusivamente na produção da vacina. Os vírus são produzidos e mantidos a cerca de 7°C e depois são injetados dentro de um ovo fecundado. Esse processo é repetido três vezes em cada ovo para que ocorra a multiplicação do vírus. Após esta fase, o vírus é filtrado e purificado para ser colocado em frascos correspondentes as doses das vacinas.

As vacinas foram criadas para nos prevenir das doenças. Elas são testadas exaustivamente antes de serem disponibilizadas à população, para que a vacina não cause outros problemas de saúde. Por isso levam anos para serem desenvolvidas e custam bilhões de dólares. Devemos sempre manter a nossa carteira de vacinação em dia como forma de prevenção contra algumas doenças.

Leia também:

  • Vacina atenuada
  • Desenvolvimento de uma vacina

Bibliografia:

Como funcionam as vacinas? http://www.farmacia.pe.gov.br/noticia/como-funcionam-vacinas Acessado em 5 de outubro de 2020.

PEAKMAN, Mark & VERGANI, Diego. Imunização. In: PEAKMAN, Mark & VERGANI. Imunologia básica e clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997, p. 304-309.

TORTORA, Gerard J. Aplicações Práticas da Imunologia. In: Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case. Microbiologia. Porto Alegre: Artmed, 2012, 10. ed, p. 501–518.

Vacinas: veja como funciona o processo de produção. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/especiais/o-poder-da-vacinacao/2018/12/21/noticia-vacinacao,1015449/vacinas-veja-como-funciona-o-processo-de-producao.shtml

https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/perguntas-frequentes/131-plataformas/1574-vacinas-virais Acessado em 5 de outubro de 2020. AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.

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