Wu Zetian foi a única imperatriz da história da China imperial.
Nascida em local desconhecido no ano 625, Wu Zetian era proveniente de uma família aristocrática que esteve sempre próxima do poder. Seu pai fora aliado do fundador da dinastia Tang e sua mãe era da dinastia Sui, família imperial que reinava antes dos Tang. Quando nova, Wu Zetian passou a integrar o harém do imperador. Com o falecimento deste, a jovem concubina foi responsável por organizar o harém do herdeiro.
Embora Wu Zetian tenha sido concubina de pai e filho que se sucederam no comando do império e isso fosse um escândalo para os moralistas da época, a imperatriz consorte gostava de sua presença. Só que Wu Zetian era uma mulher muito estratégica e influente, o que a levou ao posto de imperatriz consorte. O poder de Wu aumentou quando a saúde do imperador Tang Gaozong piorou, em 660. A debilidade do governante aumentou a influência e o poder de Wu, que chegou a executar os ministros da corte cinco anos depois. Mais dois imperadores da dinastia Tang se sucederam, porém sem verdadeiro poder porque Wu Zetian já o possuía nos bastidores. Após breve período de império nominal dos dois imperadores, Wu decidiu tornar público seu poder, tornando-se oficialmente a primeira mulher a ocupar o trono imperial. A história se encarregaria de dizer que, até hoje, foi a única. Várias outras mulheres tiveram influência no poder ou foram imperatrizes consorte e regente, mas Wu Zetian foi a única com poder de soberania a ponto de proclamar sua própria dinastia, chamada Zhou.
Wu Zetian chegou ao poder pleno no ano 690 e ficou conhecida como Imperatriz Wu, embora tenha adotado diversos nomes como oficiais. Em outubro do mesmo ano ela proclamou sua dinastia própria. Sua pretensão de ocupar o trono chinês escandalizava os intelectuais da época, que condenavam este tipo de poder para uma mulher e argumentavam ser uma violação do confucionismo, o sistema filosófico chinês que regia a sociedade. No entanto, Wu Zetian se esforçou para calar essas vozes promovendo o budismo, cuja doutrina dava legitimidade ao seu reinado. Não por menos ela transformou o budismo em religião oficial do império em 691, o que lhe rendeu apoio popular. A religião era muito recorrente entre os chineses e os benefícios da ajuda mútua entre budismo e Wu Zetian foram muitos. Um monge defensor da imperatriz chegou a argumentar que o buda do porvir seria uma mulher.
O reinado de Wu Zetian foi pautado pela política religiosa de mútuo benefício, mas também pela essência da imperatriz, que era uma mulher violenta. Seu governo era dotado de um despotismo brutal que perseguia, expulsava ou matava qualquer opositor ao seu regime. Algumas lendas chinesas atribuem todo tipo de maldade à imperatriz, inclusive que teria assassinado filhos e imperadores em sua escalada de poder. De toda forma, seu rígido governo durou 15 anos. Chegou ao fim quando já estava bem idosa, com 80 anos de idade, e não tinha mais forças para evitar um golpe de estado que executou seus ministros e irmãos. Ela foi forçada a abdicar ao trono em fevereiro de 705, cedendo lugar ao seu filho, o imperador Zhongzong, que restaurou a dinastia Tang. Wu Zetian faleceria alguns meses mais tarde, no dia 16 de dezembro de 705.
Fontes: http://history.cultural-china.com/en/46History188.html http://discoverybrasil.uol.com.br/china_antiga/personagens_chineses_famosos/wu_zetian/index.shtml http://www.womeninworldhistory.com/heroine6.html
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