O Absolutismo foi o sistema político e administrativo dos países europeus, durante o período conhecido como Antigo Regime (séculos XVI ao XVIII ). Em suma, o soberano centralizava todos os poderes do estado em suas mãos e os utilizava a revelia de toda sociedade.
De partida, podemos localizar a formação do absolutismo durante a constituição e fortalecimento das monarquias nacionais, quando a Idade Média tem seu fim (séculos XIV e XV) diante da centralização política em ascensão.
Para todos os efeitos, os monarcas obtiveram o apoio da nobreza e da burguesia mediante a padronização das políticas fiscais e monetárias, ao mesmo tempo em que protegeria as propriedades das revoltas camponesas que ameaçavam a nobreza e o clero.
Os reis detinham o monopólio da violência para reprimir qualquer pessoa ou movimento social que contrariasse a vontade da realeza.
Os principais reinos absolutistas foram Espanha, França e Inglaterra: na Espanha, a unificação política ocorrera em 1469 por meio do casamento do rei Fernando de Aragão e a rainha Isabel de Castela.
Na França, durante a dinastia Valois (século XVI), consolidou-se o poder absolutista, o qual atinge seu ápice com o rei Luís XIV, o "Rei Sol" (1643 e 1715).
Já na Inglaterra, o absolutismo de Henrique VIII (1509), também foi apoiado pela burguesia, a qual consentiu no fortalecimento dos poderes monárquicos em detrimento do poder parlamentar.
Todavia, com a difusão dos valores iluministas bem como pela Revolução Francesa, os valores que sustentavam o período conhecido como o “Antigo Regime” ruíram derrubando todo aquele sistema.
Saiba mais sobre o Absolutismo Inglês e Monarquia
O principal teórico do absolutismo fora Nicolau Maquiavel (1469-1527), defensor do Estado e dos soberanos, os quais deveriam lançar mãos de todos os meios para garantir a o sucesso e a continuidade do seu poder.
Outro a favorecer o regime em seus estudos foi Jean Bodin (1530-1596), onde associava o Estado à própria célula familiar, donde o poder real seria ilimitado, tal qual ao chefe de família.
Thomas Hobbes (1588-1679), descreve que, para fugir da guerra e do estado de barbárie, os homens uniram-se num contrato social e atribuíram poderes a um soberano para protegê-los.
Houveram também aqueles que, como Jacques-Bénigne Bossuet (1627-1704), defenderam o absolutismo a partir, do "direito divino dos reis".
O mesmo processo de centralização administrativa e financeira que extinguiu os exércitos mercenários, estabeleceu uma burocracia civil capaz de auxiliar o Estado na implementação de padrões monetários e fiscais para regulamentar e permitir a ampliação das atividades comerciais, ao mesmo tempo em que viabilizaria uma situação mais segura para o deslocamentos comerciais.
Outro ponto a se notar é que os negociantes, ao financiar a centralização da monarquia, obtiveram participações consideráveis nos negócios do Estado.
Enquanto regime, podemos dizer que prevaleceu por todo período o Mercantilismo, que por sua vez esta pautado no Metalismo, Industrialização, Protecionismo Alfandegário, Pacto Colonial e Balança Comercial Favorável.
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