Dia 30 de Setembro de 1999 os jornais, televisões e sites de notícias comunicavam ao mundo o vazamento radioativo acontecido no Japão, que, apesar de ter sido naturalmente controlado, deixou 55 pessoas contaminadas por radiação, sendo 3 em estado grave. Dentre estas pessoas, 45 eram funcionários da usina de reprocessamento de urânio, 3 bombeiros e 7 empregados do campo de golfe que ficava perto da usina nuclear, em Tokaimura, a 140km de Tókio.
A princípio as pessoas que moravam em um raio de 10km da usina foram orientadas a não sairem de casa, mas como a reação nuclear parou em pouco tempo, o governo suspendeu a recomendação dentro de dois dias.
Segundo informações do então prefeito de Ibaraki, onde ficava localizada Tokaimura, a reação nuclear parou algumas horas depois, mesmo sendo do conhecimento dos especialistas quer ela só seria interrompida com o fim do material radioativo.
O Acidente foi o mais grave ocorrido, desde a explosão de um reator em Chernobyl (Ucrânia), em 1986. Também ficou conhecido como o mais grave acidente da história do Japão até então.
A causa conhecida do acidente foi o excesso de urânio no reprocessamento: a quantidade máxima seria de 2,3kg, mas os técnicos haviam utilizado 16kg.
Para entendermos melhor, precisamos saber que o reprocessamento de urânio serve para recuperar parte do combustível nuclear usado na geração de eletricidade nas usinas. Apesar de este tipo de acidente ter tido diversas ocorrências nos anos 50, para uma nação desenvolvida e moderna, foi sinal de grande irresponsabilidade, “uma vergonha”, segundo o chefe do gabinete do governo na época. Já o diretor da agência que controlava a usina, admitiu que o acidente havia ocorrido por falha humana.
O quadro de reações mais fortes noticiado na época foi o de três técnicos da usina, que sofreram febre, diarréia, náuseas, baixa resistência, queimaduras e sério risco de morte. A radiação afetou principalmente aparelho digestivo, pele e medula óssea, que produz células do sangue. Os danos à medula podem causar problemas como anemia, baixa resistência imunológica e hemorragias.
O Japão já havia vivido outros acidentes nucleares: um no mesmo ano de 1999, um em 1998, três em 1997 e um em 1995.
Por definição, radiação é a emissão de energia sob a forma de partículas subatômicas, capazes de atravessar tecidos vivos.
As irradiações podem causar lesões nas células e alterações no DNA, podendo causar também mutações genéticas e risco de câncer.
Quando os mecanismos de reparação do DNA entram em contanto com a radiação, podem parar de funcionar. A medula pode ser a mais atingida, já que é a parte do organismo humano mais sensível à exposição. Ao atingir a medula, a irradiação pode causar a dimunuição dos leucócitos (anemia), a diminuição das células de defesa do organismo (diminui a capacidade de cicatrização e causa hemorragias), afetando assim o sistema imunológico.
Além disso, uma forte irradiação pode afetar órgãos sensíveis do corpo como os ovários, os testículos, a pele, os olhos, a tireóide, os pulmões e as mucosas do aparelho digestivo. Ao atingir a pele, esta passa a escamar como se estivesse queimada e ao atingir os olhos pode causar catarata.
Já foram documentados muitos outros acidentes nucleares, porém muitos deles só foram noticiados ao mundo depois da Guerra Fria.
Em 2011, houve outro acidente nuclear no Japão, em decorrência de um terremoto: Acidente Nuclear de Fukushima.
Fontes: http://www.cultura.com.br/radiologia/irradiad/japao/japao01-10.htm http://www.nuclear.radiologia.nom.br/irradiad/japao/japao02-10.htm http://cienciasepoemas.blogspot.com.br/2011/04/probabilidades-de-acidentes-nucleares.html http://edsongil.wordpress.com/2011/03/19/os-piores-acidentes-nucleares/
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