Manuel Antônio Álvares de Azevedo foi poeta, escritor e contista da segunda geração romântica brasileira. É conhecido como "o poeta da dúvida".
Nasceu em São Paulo no dia 12 de setembro de 1831 e aos dois anos de idade sua família mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1836, falece seu irmão mais novo, fato que o deixou bastante abalado.
Durante seus estudos foi um aluno brilhante, estudou no Colégio do professor Stoll e foi constantemente elogiado. Em 1845 ingressou no Colégio Pedro II.
Em 1848, Álvares volta para São Paulo e ingressa na prestigiada Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde passa a ter contato com vários escritores românticos.
Nessa época fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano, traduziu a obra “Parisina” de Byron e o quinto ato de “Otelo” de Shakespeare, entre outros trabalhos.
Álvares de Azevedo passava o maior tempo às voltas com os livros da faculdade e dedicado a escrever suas poesias. É importante destacar que toda sua obra poética foi escrita durante os quatro anos que cursou a faculdade. O sentimento de solidão e tristeza, que podem ser observados em seus poemas, era reflexo de saudades da família que ficara no Rio de Janeiro.
Tuberculoso, em 1851 adotou a ideia de que a morte era fato consumado em sua vida e começou a escrever cartas à sua mãe, irmã e aos amigos certificando-os do seu inevitável destino.
Sua temática voltada à morte pode ser considerada um refúgio, para aliviar a realidade em que vivia e a sensação de impotência com o mundo que o cercava.
Álvares encarava a morte como solução de todas as suas crises e de suas dores. Também abordava constantemente o tédio da vida e as frustrações amorosas. A figura da mulher aparece em seus versos sempre como um ser inacessível, oscilando entre anjo e ser fatal.
Dessa forma, a maioria de suas obras se encaixa no lado dramático do Romantismo brasileiro, apesar do escritor também se mostrar irônico e com grande senso de humor em algumas poesias.
Álvares faz parte dos autores que deixaram em segundo plano os temas nacionalistas e indianistas, preferindo abordar temas existenciais e o mundo interior.
Acometido pela tuberculose e sofrendo com um tumor, precisou abandonar a faculdade. Foi operado e não resistiu. Faleceu no dia 25 de abril de 1852, sem nenhuma obra publicada em vida. O livro "Lira dos Vinte Anos" foi a única obra preparada pelo poeta. Álvares de Azevedo é Patrono da cadeira número 2 da Academia Brasileira de Letras.
Algumas obras:
Livros:
Poesias:
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