As andorinhas são aves passeriformes de pequenas dimensões, pertencente à família Hirundinidae. São aves que possuem beleza, elegância e agilidade em seu vôo e realizam longas migrações. No mundo, são conhecidas cerca de 80 espécies de Andorinhas que estão distribuídas por todos os continentes, exceto a Antártida. A maior espécie do Brasil é a andorinha-grande (Progne chalybea), de cauda bifurcada, que mede cerca de 20 cm e pesa aproximadamente 43g.
Azul por cima, tem o peito castanho-cinzento, ladeado também de azul. Uma das menores, vistas com freqüência também no Brasil, é a andorinha-pequena-de-casa (Notiochelidon cuanoleuca), que mede cerca de 12cm de comprimento e pesa apenas 12g.
Caracterizam-se por serem aves de pequeno porte, com asas longas e pontiagudas, cauda, em geral, claramente bifurcada, bico e patas curtas. De modo geral seu colorido é azul-metálico ou pardacento no lado superior; a parte ventral de muitas espécies é branca ou, mais raramente, com ornatos avermelhados. São aves insetívoras, que se alimentam de insetos que capturam durante o vôo, com o bico aberto, como se fosse um funil. Acredita-se que cada cria de andorinha necessita de aproximadamente mil e quinhentos insetos por dia para se desenvolverem. Para se ter uma idéia, em apenas 20 dias uma família de andorinhas é capaz de consumir mais de 200.000 insetos. Vale ressaltar que o emprego de inseticidas causa frequentemente a morte de muitas andorinhas, pois elas podem ingerir insetos envenenados, que de certa forma contribui para o declínio de sua espécie.
Os ninhos são normalmente feitos com lama, restos vegetais e saliva e, são encontrados em barrancos, árvores e vistos com frequência em estruturas edificadas pelo homem como estábulos, barracões, garagens, pontes, túneis, açudes, barragens, entre outros. A andorinha vai transportando estes materiais no bico, até sentir que o seu ninho está perfeito e suficientemente resistente, para acolher seus filhotes. Tanto o macho como a fêmea se ocupam com a construção do ninho que é usado durante anos seguidos. As andorinhas possuem um sentido de orientação tão aguçado que depois de voar centenas de quilômetros em migrações, conseguem voltar exatamente ao mesmo ninho.
A fêmea põe de 3 a 5 ovos brancos, que são chocados pelo macho e pela fêmea durante duas semanas. Os pais se revezam na alimentação dos filhotes, que são alimentados no ninho por 26 dias e começam a abandonar o ninho com cerca de um mês de vida. Os filhotes saem do ninho, mas a família continua unida até que eles sejam completamente independentes.
No inverno, as andorinhas abandonam os locais frios, a procura de alimentação farta e migram para locais mais amenos e no final do inverno voltam em bandos barulhentos à sua região natal. Este retorno anuncia que a primavera está chegando. Vale lembrar que a maioria das espécies de andorinhas pode viver até oito anos, com exceção da andorinha-do-mar, que pode viver por vinte anos. Isso significa que uma andorinha-do-mar pode voar 20 vezes ao redor do mundo durante toda sua vida.
Referências Bibliográficas: Guia Ilustrado: O mundo dos Animais - AVES I - São Paulo, Ed. Nova Cultural, 1985. http://pt.wikipedia.org/wiki/Andorinha http://en.wikipedia.org/wiki/Swallow http://passaroazul.br.tripod.com/andorinha.htm SANTOS. Eurico. Histórias, lendas e folclore de nossos bichos; Ediouro, Rio, Sem data.
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