As cruzadas eram expedições de caráter religioso, econômico e militar que se formaram na Europa, entre os séculos XI e XIII, contra os heréticos e os muçulmanos.
Embora não tenha sido um movimento exclusivamente religioso, as cruzadas tiveram o espírito de religiosidade da cristandade europeia como fator importante de sua formação.
Isso se explica, diante de uma sociedade onde a fé superava a razão, a cultura era manipulada pela igreja e vivia-se preso à ideia do pecado e da condenação eterna, era natural que o homem buscasse a salvação da alma através de atos de fé e penitência.
Uma das penitências desejadas era fazer ao menos uma peregrinação à Palestina - a Terra Santa, o lugar onde Cristo nascera, sofrera e fora enterrado.
Do final do século XI à segunda metade do século XIII, houve oito cruzadas, que dirigiram sua luta contra os turcos no Oriente.
Em 1095, o papa Urbano II pronunciou um inflado discurso no Concílio de Clermont, conclamando os cristãos a ingressarem na expedição cruzadista rumo ao Oriente.
Chamada de Cruzada dos Nobres chegou a conquistar Jerusalém, onde promoveram uma matança da população muçulmana. Organizaram na região vários reinos nos moldes feudais. No século XII, os turcos reconquistaram os reinos, inclusive Jerusalém.
Foi organizada por reis e imperadores, com o objetivo de retomar Jerusalém dos turcos, mas fracassaram no seu objetivo.
Foi chamada Cruzada dos Reis, devido à participação do monarca da Inglaterra (Ricardo Coração de Leão), da França (Filipe Augusto) e do Sacro Império Romano-Germânico (Frederico Barba Roxa).
Não atingiu seus objetivos militares, mas foram estabelecidos acordos diplomáticos com os turcos que permitiram as peregrinações.
Foi chamada de Cruzada Comercial por ter sido liderada por comerciantes de Veneza. Desviada de Jerusalém, alvo religioso da investida, para Constantinopla, que acabou sendo saqueada.
Secundárias sob todos os aspectos, não tiveram sucesso.
Do ponto de vista religioso as cruzadas fracassaram, do ponto de vista econômico elas tiveram um papel importante no desenvolvimento comercial, com o fim da dominação árabe no Mar Mediterrâneo.
As cruzadas conseguiram restabelecer as relações europeias com o norte da África e a Ásia. Foram responsáveis pela reabertura do Mediterrâneo ao comércio internacional e pelo desenvolvimento do comércio ocidental.
Deve-se também às cruzadas a divulgação na Europa ocidental de parte dos conhecimentos das civilizações bizantina e muçulmana, do cultivo de novos produtos agrícolas e novas técnicas, na fabricação de vidro e tapete.
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