Carlos Marighella (1911-1969) foi um deputado, guerrilheiro e militante político brasileiro.
Envolveu-se na luta contra o Estado Novo e, posteriormente, contra a ditadura militar. Por sua atuação, seria assassinado pelas forças da repressão.
Carlos Marighella nasceu em Salvador/BA em 1911. Seu pai era italiano e sua mãe negra, e juntos tiveram sete filhos.
Em 1929, com 18 anos, Carlos entra na Escola Politécnica da Bahia para cursar Engenharia Civil e nesse mesmo ano filia-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Com 21 anos, em 1932, Marighella foi preso pela primeira vez, por divulgar um poema no qual criticava o interventor do estado da Bahia, Juracy Magalhães (1905-2001).
Pouco depois, acusado de espalhar panfletos políticos na Universidade, é suspenso e abandona a carreira de Engenharia Civil.
Decide se mudar para o Rio de Janeiro, onde fica responsável pela divulgação e imprensa do partido comunista. Com o fracasso da Intentona Comunista, em 1935, aumenta a repressão aos seus membros. Um ano mais tarde, é preso pela polícia de Filinto Müller (1900-1973) e torturado.
Por conseguinte, vai para São Paulo com o intuito de reorganizar o PCB para fazer resistência à ditadura de Vargas. Nesse período, ele foi preso e torturado pelo DOPS (Delegacia de Ordem Política e Social), sob as ordens do então chefe da repressão, Filinto Müller .
Permanece encarcerado durante seis anos, de 1939 a 1945, num presídio em Fernando de Noronha e depois foi transferido para a prisão de Ilha Grande/RJ.
No presídio, Marighella continuava seu trabalho de militância política uma vez que compartilhava conhecimentos políticos, culturais e filosóficos com seus colegas de cadeia.
VEJA TAMBÉM: Estado NovoEm 1945, com o fim do Estado Novo, foi anistiado dentro do processo de redemocratização do país.
No ano seguinte, foi eleito deputado federal pela Bahia, mas com a vitória eleitoral do general Eurico Gaspar Dutra, o PCB volta à ilegalidade e seu mandato é cassado.
Parte para uma viagem à China, onde permanece durante um ano estudando as mudanças produzidas pela Revolução Chinesa no país.
Com Golpe Militar de 1964, o qual institui a Ditadura Militar no Brasil, Marighella volta a ser perseguido e permanece preso durante alguns meses.
Pouco depois, começa a divergir da forma de agir do PCB e é expulso do partido. Assim funda a ALN (Ação Libertadora Nacional), em 1967, cujo objetivo central era treinar guerrilheiros para a luta armada contra a ditadura.
VEJA TAMBÉM: Golpe Militar de 1964Carlos Marighella foi vítima de uma emboscada comandada pelo delegado Sérgio Fleury (1933-1979), conhecido por agir de forma violenta e arbitrária contra criminosos comuns e políticos.
Nos dias anteriores, um grupo de freis dominicanos que se envolveram com a luta contra a ditadura tinham sido presos. Capturados e torturados, revelaram que teriam um encontro clandestino com Marighella.
Carlos Marighella morre baleado na cidade de São Paulo, no dia 04 de novembro de 1969, com 57 anos.
Carlos Marighella escreveu várias obras sobre política e a situação do Brasil. No entanto, nenhum livro seu foi tão conhecido como o "Mini manual do Guerrilheiro Urbano".
Nele, Marighella expõe de forma resumida, como um militante deveria atuar no meio urbano. Como partidário da luta armada para derrubar a ditadura militar, ele aconselhava o uso de armas para este fim.
Esta publicação era distribuída clandestinamente através de cópias mimeografadas.
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