A celulose é um polissacarídeo, proveniente da junção de milhares de moléculas de glicose de configuração Beta, é representada fórmula química C6H10O5, é insolúvel em água, apresenta estrutura linear e chega a atingir massas moleculares da ordem de 400.000 u. Existe praticamente em todo o reino Plantae, é o principal componente da parede celular, tida como o esqueleto básico das células vegetais, suas moléculas filamentosas e altamente resistentes conferem rigidez à estrutura vegetal.
As moléculas de glicose que formam o polissacarídeo celulose são unidas por ligações glicosídicas, um tipo de ligação covalente que resulta da reação de condensação (reação em que duas moléculas se unem para formar uma única) entre duas moléculas de carboidratos, e as macromoléculas de celulose estabelecem entre si ligações de hidrogênio. A ligação de hidrogênio é responsável pela estrutura espacial linear da molécula de celulose, o que forma fibras insolúveis, impedindo a solubilidade em água e dificultando a degradação das mesmas.
Industrialmente a celulose do algodão é usada na produção de tecidos, devido à sua estrutura fibrosa, e a madeira (pinheiros, eucaliptos, etc) é usada na produção de papel. Como a molécula de celulose possui três hidroxilas, ela é passível de esterificação, da mesma forma dos álcoois. Ao ser esterificada com anidrido acético, obtêm-se os acetatos de celulose usados em fibras têxteis e em películas fotográficas e cinematográficas; se esterificada pelo ácido nítrico, obtêm-se o explosivo conhecido como algodão pólvora. A celulose também é usada na preparação de piroxinilas, substâncias aplicadas à produção da seda artificial, linho e celuloide. A partir da celulose é possível se produzir o etanol celulósico, um tipo importante de biocombustível.
Trata-se de uma fonte essencial de alimento para diversos animais herbívoros, como os ruminantes (bovinos, caprinos, ovinos). Paradoxalmente, porém, esses animais não são capazes de digerir as moléculas de celulose, sendo assim, quem desempenha essa função são microrganismos (bactérias e protozoários) que vivem no estômago do ruminante.
As moléculas de celulose também são indigestas para a espécie humana, pois nem no estômago nem no intestino existem enzimas capazes de quebrar as enormes moléculas de celulose, e, ao contrário dos ruminantes, também não há microrganismos no tubo digestório humano que auxiliem na digestão desse polissacarídeo. Apesar disso, ingerir alimentos ricos em fibras de celulose é importante para a saúde, pois as fibras são higroscópicas (são capazes de absorver água) e dão volume e consistência à massa alimentar, ativando os movimentos intestinais. Toda a celulose ingerida por seres humanos é eliminada nas fezes.
Referências: http://pt.wikipedia.org/wiki/Celulose http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=etanol-da-celulose&id=020175110124 http://www.suapesquisa.com/pesquisa/celulose.htm
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