A primeira coisa importante sobre a língua chinesa é sua própria definição. Oficialmente, China, Taiwan (Formosa), Macau, Hong Kong e Cingapura adotam como oficial uma das variantes da língua, o Mandarim (Guānhuà). Mandarim nada mais é o que o dialeto chinês falado em Pequim e região. Além do mandarim, há o Wu, Yue (cantonês), Min, Xiang, Hakka e Gan, todos falados em diferentes partes da China. Alguns estudiosos classificam esses ramos como línguas, fazendo com que o termo "chinês" se refira na verdade a uma família de línguas. Dentro da China, tais variantes são vistas como dialetos (assim como no Brasil temos os dialetos gaúcho, mineiro e nordestino dentro da língua portuguesa).
Há milhares de anos, um sistema foi desenvolvido para registrar a língua, os famosos caracteres, ou hànzì. Sua versão original recebe o nome de "escrita oráculo em ossos", por aparecer em ossos de boi ou tartaruga. Ali, uma escrita enigmática, parecida com os hieróglifos egípcios foi se desenvolvendo, e de desenhos literais dos objetos (pictogramas) os caracteres evoluíram para transmitir ideias, verbos, ações (ideogramas). Hoje, a maioria dos caracteres são ideogramas, e os pictogramas representam a mais antiga parte da escrita.
Numa tentativa de combater o alto analfabetismo, o governo chinês desenvolveu nos anos 50 do século XX os caracteres simplificados, baseados em formas cursivas de escrita já em prática entre a população. Hoje, a norma na China e em Cingapura é o uso dos caracteres simplificados. Já em Macau, Hong Kong e Taiwan, permanece o uso dos caracteres tradicionais. O Japão, que faz uso dos mesmos caracteres em sua língua, realizou uma mesma simplificação depois da Segunda Guerra, em alguns pontos similar à reforma chinesa. A prática, porém, permite ao aluno que supere este problema.
Além de China e Japão, o Vietnã (até a década de 20 do século XX) e as duas Coreias (até 1945) utilizaram os caracteres para escreverem seus idiomas. Na Coreia do Sul, seu uso permanece em alguns contextos. O domínio dos caracteres permite a seu usuário compreender textos das línguas japonesa, coreana e vietnamita (além dos vários dialetos chineses) a um nível satisfatório.
Ao mesmo tempo em que eram feitas as reformas, nascia um sistema de representação da língua chinesa para estrangeiros, com base no alfabeto latino. O sistema recebeu o nome de pīnyīn, e procura ainda representar a entonação das palavras do idioma, coisa que os caracteres não fazem. Isto é muito importante, pois o chinês é uma língua tonal, onde a correta acentuação na fala é decisiva para se fazer entender. O problema deste método é que a representação, em alfabeto latino, privilegiou a variedade utilizada na língua inglesa. Assim, pessoas alfabetizadas em português, sueco ou checo terão mais dificuldades de dominar o sistema.
A seguir, instruções básicas sobre como ler o sistema pīnyīn, e a partir dele pronunciar as palavras e seus corretos tons.
Elaborado por Emerson Santiago Silva.
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