Craniofaringioma consiste em tumores benignos intracranianos comumente císticos e sólidos. Afeta com maior frequência em crianças, adolescentes e indivíduos com mais de 50 anos de vida.
Embora se tratem de tumores benignos, apresentam inclinação ao se aderirem em estruturas circunvizinhas no sistema nervoso central, resultando em comportamento clínica muitas vezes desfavorável, sendo, portanto, classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como grau I, ou seja, tumor de baixo ou incerto potencial de malignização.
Não foi elucidada claramente, até o momento, qual a causa do craniofaringioma. Todavia, acredita-se que possam ser oriundo de restos de células escamosas embrionárias da bolsa de Rathke, encontrada no caminho da adenohipófise primitiva e do ducto craniofaríngeo involuído.
As manifestações clínicas decorrentes deste tumor dependem da localização do mesmo. Quando este tumor encontra-se comprimindo o talo hipofisário ou circunda a glândula pituitária, pode levar à deficiência parcial ou completa do hormônio produzido por essa glândula, levando, consequentemente, à falha no crescimento, atraso da puberdade, alterações menstruais e do desejo sexual, aumento da sensação de frio, fadiga, constipação, pele ressecada, náuseas, hipotensão e depressão.
A presença do craniofaringioma no talo hipotalâmico pode resultar em diabetes insipidus, além de aumentar os níveis de prolactina, ocasionando secreção de leite na ausência de gestação ou período de lactação. Outros sintomas decorrentes deste tipo de tumor são: obesidade, aumento de sono, alterações da temperatura corporal, mudanças de personalidade, dor de cabeça, confusão mental e vômitos.
A melhor forma de detectar o craniofaringioma é por meio da ressonância magnética ou tomografia computadorizada. Além disso, radiografias também evidenciam a presença destes tumores.
A primeira opção de tratamento é a ressecção cirúrgica do tumor, visando descomprimir vias nervosas, além de objetivar recuperar a função hipofisária. Além disso, o tratamento também envolve a radioterapia pós-operatória. O uso da quimioterapia no tratamento deste tumor ainda está sendo investigado.
Fontes: http://www.neuro.pucpr.br/index.php?system=news&news_id=588&action=read http://clinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br/news/craniofaringiomas-na-inf%C3%A2ncia/
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