A formação da cultura ocidental foi intensamente influenciada pela mitologia greco-romana, formada pela união de relatos – os mitos – transmitidos e preservados por séculos. Os povos da Antiguidade utilizavam os mitos para explicar diversas questões, como a origem do mundo e das pessoas e os fenômenos naturais.
A mitologia dos povos antigos possui grande relação com sua religiosidade, e muito do que conhecemos hoje sobre as crenças e práticas religiosas de povos do passado chegou a nós por meio de narrativas mitológicas. Por isso, para melhor compreensão de suas crenças, é fundamental conhecer seus mitos.
Na Antiguidade, a mitologia grega foi assimilada pela mitologia romana. Por isso, em diversos aspectos culturais há uma grande proximidade entre Grécia e Roma. Em termos religiosos, por exemplo, os romanos incorporaram aspectos dos deuses gregos em suas divindades.
Tanto para os gregos quanto para os romanos – ambos politeístas –, os deuses possuíam características humanas. Enquanto no mundo gregos as crenças estavam voltadas a Zeus, Atena, Ares, Afrodite, Hermes e muitas outras divindades, os romanos cultuavam figuras como:
Porém, é importante lembrar que, embora a mitologia grega tenha exercido grande influência sobre a mitologia romana, os romanos também incorporaram, em suas crenças e práticas, aspectos de outras culturas antigas, como a etrusca e a egípcia.
Os romanos, assim como os gregos, promoviam cerimônias religiosas frequentemente – antes mesmo da incorporação de elementos gregos na cultura romana.
Tanto na Grécia quanto em Roma ocorriam cultos privados, voltados à proteção da família e questões mais íntimas, e cultos públicos, oficiais, organizados pelo Estado e voltados a questões concernentes à toda a população, como o pedido por boas colheitas e proteção em guerras.
Uma das características mais marcantes da religiosidade romana surgiu no período imperial, durante o governo de Augusto (27 a.C.-14 d.C.). Trata-se do culto ao imperador, com a função de preservar a ordem e a unidade no Império. Assim, estabelecia-se uma ligação maior entre os povos das províncias e Roma.
Os imperadores eram cultuados ainda vivos e divinizados após sua morte, na cerimônia da apoteose, que o imortalizava e buscava preservar sua memória. Esses elementos nos mostram a intensa relação entre religião e política na cultura romana.
Referências:
ANDE, Edna, LEMOS, Sueli. Roma: Arte na Idade Antiga. São Paulo: Callis, 2011.
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.
LEEMING, David. Do Olimpo a Camelot: um panorama da mitologia europeia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.
MACHADO, Carlos Augusto Ribeiro. Entre homem e Deus: o ritual da apoteose imperial na Roma Antiga. Mare Nostrum, n. 5, 2014. Disponível em: http://leir.fflch.usp.br/sites/leir.fflch.usp.br/files/upload/paginas/marenostrum-ano5-v5-art4.pdf. Acesso em: 10 abr. 2019.
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