O dicloro-difenil-tricloroetano, mais conhecido como DDT, é um pesticida cujas propriedades foram descobertas em 1939 por Paul Müller. Com alta letalidade, o DDT atravessa com facilidade o exoesqueleto dos insetos afetando o sistema nervoso central. Seu uso se deu para evitar a doença tifo (transmitidas por piolhos) em soldados na Segunda Guerra Mundial e após a guerra para combater os vetores da malária e febre amarela. Por seu baixo custo de produção e alta eficácia foi utilizado em excesso na agropecuária. No Brasil, combateu vetores de doenças como a malária e a leishmaniose.
A produção em massa do DDT chegou ao seu ápice em 1963 quando foram produzidas 81.154 toneladas. Segundo a OMS, salvou 5 milhões de pessoas no mundo de doenças transmitidas por insetos, acabando com epidemias mundiais. Até que questões ambientais e de saúde foram expostas em estudos publicados no livro Primavera Silenciosa da bióloga Rachel Carson; a obra descreve o DDT como o ‘’Elixir da morte” apontando danos colaterais ao meio ambiente e à saúde. Com isso, houve um declínio em sua produção, e a proibição em vários países, sendo a Suécia o primeiro, em 1970. No Brasil, foi banido em 2009.
O ácido sulfúrico é utilizado na fabricação do DDT como catalizador, e é sintetizado pela reação do clorobenzeno e o cloral. É lipossolúvel (não se dilui em água, somente em compostos oleosos). Em temperaturas ambientes é encontrando em estado sólido, sem cor e sem cheiro forte, tendo como ponto de fusão 109°C.
Sendo inalado ou ingerido por alimentos contaminados, os seres humanos podem ter distúrbios sensoriais, dificuldade no equilíbrio, alterações comportamentais e dificuldades respiratórias, distúrbios musculares e, paralisia, levando ao óbito. Como o DDT é lipossolúvel, ele é absorvido com facilidade pelo sistema digestório e respiratório sendo acumulado no tecido adiposo chegando ao sistema nervoso central, onde atua na relação sódio/potássio. Como seus componentes são estocados no organismo e tem o metabolismo lento, a mãe intoxicada pode passar tais elementos tóxicos para o bebê por meio do leite materno. Em alta intoxicação, os sintomas ficam evidentes em apenas 2 horas. Em 2005 a OMS estimou 70 mil mortes provocadas por agrotóxicos.
Podendo ser transportados a longas distâncias pela água e animais, os componentes químicos do DDT ainda contaminam o solo e a água, infectando assim, peixes e microrganismos. O DDT afeta a reprodução de aves e causa tumores em mamíferos. Quando chega ao solo sofre processo de lixiviação contaminando lençóis freáticos.
Referencias: http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2009/200509.htm http://www.scielo.br/pdf/qn/v25n6a/12776.pdf
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