O Egito antigo foi palco de uma das mais importantes civilizações da antiguidade.
Ele está localizado no extremo Nordeste da África, numa região desértica, cortada no sentido Sul Norte por um estreito e fértil vale por onde corre o rio Nilo.
A vida às margens do rio Nilo era regada pelo ciclo das cheias, que ao voltarem ao normal, deixava o solo recoberto com um limo, muito fértil, que facilitava a prática da agricultura.
Formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, organizadas em comunidades chamadas monos, que funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os monos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul.
Por volta de 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio unificado.
Começava um longo período de apogeu da sociedade egípcia - a era dos grandes faraós.
A antiga sociedade egípcia estava dividida de maneira rígida e nela praticamente não havia mobilidade social.
No topo da sociedade encontrava-se o faraó e sua imensidão de parentes. O faraó era venerado como um verdadeiro Deus.
Por isso, o governo era considerado uma monarquia teocrática. Por ser o chefe político de um Estado, tinha imenso poder sobre tudo e todos.
Abaixo do faraó e de sua família vinham as camadas privilegiadas (sacerdotes, nobres e funcionários), e as não privilegiadas (artesãos, camponeses, escravos e soldados).
Os sacerdotes formavam junto com os nobres, a corte real. Os nobres formavam uma aristocracia hereditária e compunham a elite militar e latifundiária.
Os funcionários estavam a serviço do Estado para planejar, fiscalizar e controlar a economia. Os artesão eram trabalhadores assalariados que exerciam diferentes ofícios.
Os camponeses formavam a maior parte da população, exerciam a agricultura e eram forçados a pagar altos impostos. Os soldados eram mercenários estrangeiros contratados pelo Estado.
Na sociedade egípcia, as mulheres tinham uma posição de prestígio. Podiam exercer qualquer função política, econômica ou social em igualdade com os homens de sua categoria social.
VEJA TAMBÉM: TeocraciaA mumificação era a técnica desenvolvida pelos egípcios para conservar o corpo, pois a morte apenas separava o corpo da alma.
A vida poderia durar eternamente, desde que a alma encontrasse no túmulo o corpo destinado a servi-lhe de moradia. Para eles, depois de julgada e absolvida pelo tribunal de Osíris, a alma vinha em busca do corpo.
A mumificação consistia em extrair as vísceras e imergir o corpo numa mistura de água e carbonato de sódio. Depois eram inseridas substâncias aromáticas, como mirra e canela, para evitar a deterioração.
O corpo era envolvido em faixas de pano, sobre as quais passava-se cola especial para impedir o contato com o ar.
Colocado em um sarcófago, o corpo era levado ao túmulo, que podiam ser simples ou imensas pirâmides, onde os faraós tinham lugar reservado numa câmara secreta.
VEJA TAMBÉM: TutancâmonA principal arte desenvolvida no Egito antigo foi a arquitetura. Profundamente marcada pela religiosidade, voltou-se principalmente para a construção de grandes templos (moradas dos deuses), como os de Karnac, Luxor, Abu-Simbel e as célebres pirâmides de Gizé (túmulos dos faraós), atribuídas a Quéops, Quéfren e Miquerinos.
A escultura egípcia atingiu o auge com a construção de grandes proporções como as esfinges e as estátuas dos faraós. Merece atenção as obras de pequeno porte como os sarcófagos, de pedra ou madeira, nos quais os artífices procuravam reproduzir as feições do morto, para ajudar a alma a encontrar o corpo.
Eles chegavam a incrustar nos olhos, pupilas de cristal. A pintura representava cenas do dia a dia, permitindo hoje se reconstruir a vida cotidiana dos egípcios.
VEJA TAMBÉM: Arte EgípciaA economia egípcia era baseada na agricultura, principalmente de trigo, cevada, frutas, legumes, linho, papiro e algodão. O rio Nilo era responsável por mover a economia e garantir a unidade política ao antigo Egito.
De suas águas dependia a vida de milhares de pessoas. A construção de diques, reservatórios e canais de irrigação, era tarefa do Estado. Era desenvolvida a pesca, a caça e a criação de animais.
Uma característica da economia era que não havia propriedade privada da terra, que pertencia a comunidade como um todo. Os camponeses e artesãos eram obrigados a dar parte de seus produtos para o Estado em troca do direito de cultivar o solo.
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