Feminismo

O Feminismo (do latim femĭna, significa “mulher”) é um conceito que surge no século XIX, o qual se desenvolveu como movimento filosófico, social e político.

Sua principal caraterística é a luta pela igualdade de gêneros (homens e mulheres), e consequentemente pela participação da mulher na sociedade.

Símbolo do Feminismo

Vale lembrar que em grande parte nossa cultura está alicerçada numa sociedade patriarcal, pautada na dominação masculina.

O homem, além de ser o membro mais importante da família, desde muito tempo, tem sido o foco principal. Ele é aquele que possui privilégios em relação às mulheres, chamadas equivocadamente de “sexo frágil”.

Esse movimento ideológico, liderado por mulheres e que defende a igualdade de direitos, se expandiu por todo o mundo. Atualmente, os grupos feministas tem crescido de maneira considerável.

História do Feminismo

A história do “empoderamento” feminino não é tão antiga como deveria ser. Em geral, até o século XIX, a mulher era vista como um ser inferior aos homens, as quais não possuíam os mesmos privilégios que eles, por exemplo, ler, escrever, estudar, guerrear, enfim, escolher.

Diante disso, a figura feminina foi construída numa sociedade patriarcal, onde as atribuições da mulher estavam restritas aos afazeres domésticos e a educação dos filhos.

Desde cedo, as meninas eram educadas para ajudar as mães nos trabalhos domésticos, casar e ter filhos. Nesse contexto, não podiam trabalhar fora, ao mesmo tempo que não tinham acesso aos assuntos relacionados com política ou economia.

Na Revolução Francesa (1789) a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, escrito no ano da Revolução, foi combatida pela “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã”, escrito pela feminista francesa Olympe de Gouges (1748-1793) em 1791.

No documento, ela criticava a Declaração da Revolução, pois era somente aplicada aos homens. Além disso, alertava para a autoridade masculina e a importância das mulheres e da igualdade de direitos.

Por esse motivo, a revolucionária foi executada em Paris, dia 3 de novembro de 1793. No entanto, sua morte, considerada um marco do feminismo no mundo, fez surgir diversos movimentos feministas posteriores.

Entretanto, foi a partir da Revolução Industrial no século XIX, que esse panorama muda de maneira substancial. As mulheres já começam a trabalhar nas fábricas, fazendo parte da força econômica do país.

Assim, aos poucos, os movimentos feministas espalhados pelo mundo foram tomando corpo e cada vez mais lutando e conquistando diversos direitos reivindicados pelas mulheres (direito à educação, voto, contrato, propriedade, divórcio, igualdade de salários, aborto, etc.).

Nas culturas ocidentais, o movimento feminista passou a adquirir maior visibilidade a partir do século XX.

Em épocas mais distantes seria impensável ter uma presidente mulher governando o país, ou mesmo, figuras femininas atuando e se consagrando em diversos campos: culturas, artes, economia, política, etc.

Hoje em dia, grande parte das mulheres preferem não constituir família, ou seja, não ter maridos ou filhos, fato considerado absurdo antes do século XIX.

Sem dúvida, a filósofa francesa existencialista Simone de Beauvoir (1908-1986) foi uma das maiores teóricas e representantes do feminismo mundial.

Sobre o assunto, sua obra de referência é o ensaio intitulado “O Segundo Sexo” (1949), onde faz uma análise sobre o papel das mulheres na sociedade. Segundo ela, “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”.

VEJA TAMBÉM: Dia Internacional da Mulher

Machismo

O Machismo é um termo determinado pelo conjunto de práticas sexistas, que defende a superioridade do gênero masculino em detrimento do feminino.

Associado a ideologia do sistema patriarcal, práticas ou comportamentos machistas podem ser detectados por meio de frases como “lugar de mulher é na cozinha”, “isso é coisa de homem”. Essas sentenças enfatizam a inferioridade do gênero feminino.

Importante destacar que o machismo não é o contrário do feminismo e não está somente relacionado aos comportamentos masculinos. Isso porque muitas mulheres são responsáveis por reproduzirem práticas machistas.

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Juliana BezerraBacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.
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