Os fenícios fazem parte de uma das mais importantes civilizações da Antiguidade – a civilização fenícia.
Viviam no Norte da Palestina, entre o Mar Mediterrâneo e o território que hoje corresponde ao Líbano, Síria e Israel.
Os fenícios são conhecidos como o povo do mar. Isso porque eles foram grandes mercadores marítimos e contribuíram para o desenvolvimento da Astronomia.
Destacam-se, também, na civilização antiga, os persas e hebreus.
Mapa das cidades-estados fenícias e suas rotas comerciais
Os fenícios conviveram e comerciaram com vários povos. Tiveram como vizinhos os hebreus que também viviam na região onde está o atual Estado de Israel.
Com os persas, além do comércio, os fenícios ainda tiveram que enfrentá-los como inimigos devido à expansão do Império Persa.
Leia mais sobre Hebreus e Persas.
A religião da Fenícia era o Politeísmo onde praticavam rituais de sacrifício de animais.
Os fenícios cultuavam, principalmente, três deuses, que são conhecidos por nomes diferentes:
El - era o deus máximo – aquele que havia criado o mundo, mas não necessariamente os deuses. Nada acontecia sem seu consentimento e por isso, ele sabe de tudo. El é representado como um homem velho, sentado no alto da montanha, distante da humanidade. Para alcançar suas graças, os fiéis devem se dirigir a sua esposa, Astarte.
Asherah - esposa de El – deusa-mãe, do mar, dos rebanhos e das colheitas. Um dos seus símbolos é a palmeira, árvore que se destaca no deserto por sua resistência, assim como ela se destaca entre os deuses.
Baal - filho de El e Astarte – era o deus das tempestades e montanhas, encarregado da fertilidade. É conhecido por vários títulos como Cavaleiro das nuvens ou Mestre das Terras, um guerreiro que combate as forças da morte. Como filho de El também atua como regente na ausência do pai.
Alto-relevo mostrando o desembarque de madeira por navegadores fenícios
Os fenícios dedicavam-se ao artesanato chegando a inventar o vidro transparente. Na agricultura, cultivavam olivas e vinhas, e se dedicaram especialmente à pesca e ao comércio marítimo.
Não desenvolveram grandes atividades agropecuárias tendo em conta que a região que habitavam era montanhosa e pouco extensa.
Ampliaram as técnicas de tingimento de tecidos. Destaca-se o tingimento com a tonalidade púrpura, feito a partir de um molusco e que era muito procurado pela elite. Dessa cor vem a palavra "fenício".
Construíram grandes e imponentes navios que permitiram expandir seu comércio. Ergueram portos e viajavam longas distâncias realizando trocas de mercadorias como madeira de cedro, o vidro, o marfim e corantes.
É importante ressaltar que nunca houve um país unificado chamado “Fenícia” tal como entendemos hoje.
A Fenícia era formada por várias cidades-estados, tais como Arad, Biblos, Tiro, Sídon e Ugarit. Cada uma dessas cidades era governada de forma independente que tanto podiam ser aliadas como guerrear entre si.
O poder político se baseava nas rotas marítimas e estava nas mãos dos homens que dominavam o mar, constituindo a Talassocracia.
Esta palavra vem do grego e significa “thálassa”- mar e “kratía”- força, poder.
A cultura fenícia recebeu influências dos povos que eles comercializavam a ponto de muitos estudiosos identificarem poucos elementos originais.
No entanto, destacaram-se na cunhagem de moedas e imprimiram ali os desenhos de seus barcos e mitos.
Utilizavam a música e a dança para louvar os deuses em rituais realizados no campo ou no centro das cidades.
A maior herança dos fenícios que chegou aos nossos dias é o alfabeto.
Ao contrário de outros povos como os egípcios ou os babilônicos que elaboraram uma escrita baseada em símbolos, o alfabeto fenício representava os fonemas. Este alfabeto seria a origem da escrita ocidental.
Possuía 22 consoantes e, posteriormente, os gregos acrescentariam as vogais.
Foi criado com o objetivo de facilitar as relações comerciais.
Leia mais em Origem do Alfabeto.
Quando Ciro II, rei da Pérsia, conquistou a Fenícia, os fenícios fugiram e fundaram Cartago.
Ao fim de três conflitos pelo domínio do Mar Mediterrâneo, durante as Guerras Púnicas, Roma destrói Cartago e passa a dominar o comércio do Mediterrâneo.
Alguns estudiosos acreditam que os fenícios estiveram no Brasil deixando marcas, tais como materiais com inscrições fenícias e semelhanças com a cultura indígena.
Entretanto, não há provas da veracidade dessa teoria.
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