Os filósofos iluministas contribuíram de maneiras diferentes e em diversas áreas do conhecimento.
Desde questões morais, religiosas e políticas até as de cunho econômico ou filosófico, os ideais dos pensadores iluministas promoveram o processo de conscientização mundial.
Voltaire, pseudônimo de François-Marie Arouet, foi um filósofo francês que nasceu em Paris. Suas críticas à nobreza resultaram em várias situações de prisão e exílio.
Defendia a ideia de uma monarquia centralizada, cujo monarca deveria ser culto e assessorado por filósofos.
Foi um crítico severo das instituições religiosas, bem como dos hábitos feudais que ainda vigoravam na Europa. Afirmava que apenas aqueles dotados de razão e liberdade poderiam conhecer as vontades e desígnios divinos.
Sua principal obra, "Cartas Inglesas ou Cartas Filosóficas" foi um conjunto de cartas acerca dos costumes ingleses, os quais comparava aos do atraso da França absolutista.
Apesar disso, era contra qualquer revolução, pois acreditava que os monarcas seriam capazes de se orientar racionalmente para cumprir o seu papel.
Escreveu também novelas, tragédias e contos filosóficos, dentre os quais "O Ingênuo".
John Locke era Inglês. Foi o expoente do empirismo britânico e um dos maiores teóricos do contrato social.
Afirmava que a mente era como uma "tabula rasa". Rejeitava qualquer concepção embasada no argumento das “ideias inatas”, uma vez que todas as nossas ideias possuíam início e fim nos sentidos do corpo.
Locke combatia a ideia de que Deus decidia o destino dos homens e alegava que a sociedade corrompia os desígnios divinos ou o triunfo do bem.
Suas ideias auxiliaram na derrubada do absolutismo inglês.
Uma das suas obras principais, “Dois Tratados Sobre o Governo Civil”, trata sobre o absolutismo. Dentre outras obras, escreveu “Cartas Sobre a Tolerância” e “Ensaios sobre o Entendimento Humano”.
Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo suíço que lançou as bases para o Romantismo europeu.
Era a favor do “contrato social”, forma de promover a justiça social que dá nome a sua principal obra.
Apregoava que a propriedade privada gerava a desigualdade entre os homens. Segundo ele, os homens teriam sido corrompidos pela sociedade quando a soberania popular tinha acabado.
"O Contrato Social" é a sua obra de maior destaque. Em "Émile", outra obra de grande importância, Rousseau trata da educação afirmando que ela deve ser base da reconstrução da humanidade.
Montesquieu, Charles-Louis de Secondat, ficou conhecido como Barão de La Brède e de Montesquieu. Foi um famoso jurista e filósofo francês que se destacou nas áreas da filosofia da história e do direito constitucional.
Foi um dos criadores da filosofia da história.
Criticou de forma sistemática o autoritarismo político, bem como as tradições das instituições europeias, especialmente da monarquia inglesa.
Na sua principal obra, “O Espírito das Leis”, defende a separação dos três poderes do Estado em Legislativo, Executivo e Judiciário. Acredita que essa seja uma maneira de manter os direitos individuais.
Sua obra foi inspiração para a "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão" (1789), para a Revolução Francesa e para a Constituição dos Estados Unidos (1787).
Antes de “O Espírito das Leis” escreveu "Cartas Persas".
Denis Diderot foi um filósofo e tradutor francês que nasceu em Langres. A primeira obra em que se destacou rendeu-lhe a prisão.
Criticava o absolutismo e defendia a ideia de que a política era responsável por eliminar as diferenças existentes nas sociedades.
A sua primeira grande obra foi "Cartas Sobre os Cegos Para Uso Por Aqueles Que Veem".
Foi responsável por elaborar, em parceria com D'Alembert, a famosa "Enciclopédia” ou "Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios".
Composta por 33 volumes, a obra reúne os principais conhecimentos acumulados pela humanidade naquela época.
Foi editada pela primeira vez na França (1751 e 1772), onde se difundiu para se tornar a principal propaganda iluminista. Por este motivo, os iluministas são conhecidos como "enciclopedistas".
Adam Smith é considerado um dos principais teóricos do movimento. Filósofo e economista escocês, recebe o título de pai da economia moderna.
Afirmava que somente com o fim dos monopólios e da política mercantilista o Estado iria prosperar de fato.
Isso porque a riqueza das nações advinha do esforço individual (self-interest) que, por sua vez, é o que fomenta o crescimento econômico e a inovação tecnológica.
Assim, o empreendimento privado deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental. Isso fez com que seu pensamento influenciasse intensamente a burguesia, desejosa em acabar com os privilégios feudais e com o mercantilismo.
"A Riqueza das Nações" é o nome da principal obra desse pensador, enquanto "Teoria dos Sentimentos Morais" é o nome do seu principal tratado.
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