O economista Friedrich August von Hayek, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1974, e defensor mais conhecido da corrente conhecida como Escola Austríaca, nasceu em 8 de maio de 1899, na cidade de Viena, Áustria. Filho de August von Hayek, médico que optou pela pesquisa e por lecionar como professor na Universidade de Viana (onde lecionava botânica) e de Felicitas Juraschek, o jovem Hayek optou por estudar economia, embora tivesse interesse pela psicologia. Estudou na Universidade de Viena, onde formou-se Doutor em Direito em 1921, e em Ciências Políticas em 1923. Cursou o pós-doutorado na New York University, entre 1923 e 1924.
O jovem Hayek era um socialista moderado (partidário das idéias de Fabian), modelo que abandonou em meados de 1922, e que criticou anos depois em diversas obras. Acreditava que a planificação da economia não poderia funcionar, e defendia o livre mercado, sem intervensões do Estado.
A partir de 1927, dirigiu o Instituto Austríaco de Pesquisas Econômicas, cargo que acumulou, a partir de 1929, com o de professor de economia na Universidade de Viena. Em 1928 conheceu, em Londres, o economista com o qual debateria nos 20 anos seguintes: John Maynard Keynes. Em 1929 publicou A teoria monetária e o ciclo do comércio. Entre 1931 e 1950 assumiu a cátedra de London School of Economics, tendo sido transferido para a Universidade de Cambridge durante a II Guerra Mundial. Em 1938 ganhou a cidadania britânica. Nesse período, escreveu vários livros, dos quais destacam-se: A teoria pura do capital (1941); Nacionalismo monetário e instabilidade internacional (1937) e O caminho da servidão (1944), obra na qual relaciona o socialismo ao Nazismo (o qual classificou como Nacional-Socialismo), defendendo que o controle do Estado na economia seria uma espécie de totalitarismo. Essa obra destruiu a crença fátua no socialismo moderado. (BUTLER, 1987)
O Caminho da Servidão tornou Hayek o maior teórico liberal em uma época em que a teoria do Welfare State (Estado de Bem-Estar Social) de John Maynard Keynes (1983 – 1946) era a mais aceita. Após alguns anos, Hayek e alguns intelectuais da época, entre eles Milton Friedman, formaram a Sociedade Mont Pelerin.
Em 1950, Hayek assumiu a cátedra na Universidade de Chicago, onde permaneceu até 1962. Além da economia, nesse período Hayek estudou psicologia e publicou, em 1952, o The sensory order, onde defende que a mente é um sistema adaptativo. Estudou ainda metodologia, área na qual criticou a utilização dos métodos utilizados nas ciências físicas nas ciências sociais, e teoria política, na qual buscou soluções para que seu modelo de economia não planejada fosse garantido. Em 1960 publicou Os fundamentos da liberdade, livro no qual descreve, sob o seu ponto de vista, quais seriam as atribuições do Estado.
Em 1962 retornou a Europa, e se estabeleceu na Alemanha Ocidental, onde atuou como professor da Universidade de Friburgo até 1968, quando voltou a Áustria. Atuou na Universidade de Salzburgo até se aposentar, pouco menos de 10 anos após seu retorno a Áustria.
Seus estudos em relação a economia (interdependência entre fenômenos econômicos, sociais e institucionais e teoria da moeda) lhe renderam o Premio Nobel em 1974, honra que dividiu com Gunnar Myrdal.
Suas publicações posteriores ao Premio Nobel foram: Desestatização do dinheiro (1976), Studies in philosophy, politics and economics (1980), Desemprego e política monetária (1981), os três volumes de Direito, legislação e liberdade (1974 – 1976 – 1985) e A arrogância fatal: os erros do socialismo (1988).
Friedrich August von Hayek faleceu em 1992.
Assista abaixo um documentário sobre a vida e o pensamento de Friedrich Hayek (ative as legendas clicando no ícone "CC" ou "Captions", na parte inferior direita do vídeo)
Fontes BUTLER, Eamonn. A contibuição de Hayek: as idéias políticas e econômicas de nosso tempo. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1987.
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