Graciliano Ramos foi um escritor brasileiro de grande destaque. É apontado como o melhor ficcionista do Modernismo e também como o prosador de maior destaque na segunda fase do Movimento.
Nascido em 27 de outubro de 1892 na cidade de Quebrângulo, no Alagoas, foi o primogênito de quinze filhos de uma família de classe média. Residiam no sertão nordestino e por conta dessa vivência, Graciliano produziu obras que abordavam os problemas sociais do nordeste, trazendo uma visão crítica das relações humanas.
Viveu parte de sua infância na cidade de Buíque em Pernambuco, e parte em Viçosa, Alagoas. Concluiu os estudos secundários em Maceió e não cursou ensino superior.
Em 1910 sua família mudou-se para Palmeira dos Índios, Alagoas, e seu pai abriu um pequeno comércio. Em 1914 mudou-se para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar como revisor dos jornais “Correio da Manhã” e “A Tarde”. Depois de um tempo retorna para Palmeira dos Índios e trabalha como comerciante e jornalista local.
Em 1927 foi eleito prefeito da cidade e assumiu o cargo em 1928. Em 1932 renuncia à prefeitura e muda-se para Maceió, onde é nomeado diretor da Imprensa Oficial e da Instrução Pública do Estado. Colabora com jornais usando o pseudônimo de Lúcio Guedes.
Demite-se do cargo de diretor da Imprensa Oficial e volta para Palmeira dos Índios, onde funda uma escola no interior da sacristia da igreja Matriz e inicia os primeiros capítulos do romance “São Bernardo”.
Graciliano Ramos faz sua estreia na literatura em 1933, com o romance "Caetés". Na sequência publica o romance "São Bernardo" em 1934 e "Angústia" em 1936. Nesse ano, o escritor foi preso pela acusação de participação no movimento de esquerda.
Após percorrer vários presídios e sofrer situações dolorosas, foi libertado em janeiro de 1937. Essas experiências transformaram-se em conteúdo para os relatos do livro "Memórias do Cárcere".
Após essa publicação veio o romance "Vidas secas", escrito em 1938 e considerado como sua obra mais importante.
Nesse período, Graciliano Ramos fixa residência no Rio de Janeiro e ocupa o cargo de Inspetor Federal de Ensino. Em 1945 ingressou no Partido Comunista Brasileiro.
Em 1951 foi eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores. Em 1952 viajou para os países socialistas do Leste Europeu, experiência relatada na obra "Viagem", publicada em 1954, após sua morte.
Graciliano Ramos morreu no Rio de Janeiro no dia 20 de março de 1953. Seus livros foram traduzidos para vários idiomas e alguns de seus trabalhos, como "Vidas Secas", "São Bernardo" e "Memórias do Cárcere", foram adaptados para o cinema.
Recebeu o Prêmio da Fundação William Faulkner, dos Estados Unidos, pela obra "Vidas Secas".
Algumas obras:
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