A Guerra da Coreia (1950-1953) foi um conflito armado que ocorreu na Península Coreana e dividiu o país definitivamente em Coreia do Norte e Coreia do Sul.
Tecnicamente, o conflito ainda não acabou, pois não foi assinado nenhum tratado de paz, apenas um armistício.
A Coreia foi invadida e dominada pelo Japão durante a Segunda Guerra Mundial. Mesmo antes do término da guerra, já se havia determinado o paralelo 38° Norte como limite geográfico para atuação militar dos soviéticos e norte-americanos.
Desta maneira, após a derrota do Japão, a Coreia foi fracionada, em 1945, entre norte-americanos e soviéticos.
Assim, os limites estabelecidos transformaram-se em divisão real, surgindo dois Estados coreanos, sob a ocupação de cada uma das duas potências:
A região de fronteira entre as duas Coreias, tornou-se área de sucessivos conflitos armados, sobretudo pelas divergências político-ideológicas entre os dois Estados e a tensão gerada pela Guerra Fria.
A vitória dos comunistas liderados por Mao Tsé-tung, na China, no final de 1949, serviu de motivação para os coreanos do norte tentarem uma invasão. Por isso, lançaram um ataque-surpresa ao sul, em 25 de junho de 1950, alegando violação do paralelo 38.
O Conselho de Segurança da ONU autorizou os Estados Unidos e seus aliados a enviarem tropas para a região, sob o comando do general MacArthur (1880-1964).
A China e a União Soviética deram apoio aos norte-coreanos que conquistaram quase toda a península. Sangrentas batalhas provocaram a morte de milhões de pessoas, a maior parte de civis.
O general MacArthur exigiu que lhe fossem conferidos plenos poderes, inclusive para fazer uso de armas nucleares, para liquidar a guerra. Mas o presidente americano Harry Truman (1884-1972) decidiu iniciar conversações de paz.
Em 27 de julho de 1953 foi assinado o armistício de paz em Panmunjon, restabelecendo as fronteiras sobre o paralelo 38° Norte.
Deste modo, as fronteiras voltaram ao determinado durante a Segunda Guerra: a Coreia do Norte manteve-se comunista e a do sul, capitalista.
A manutenção da divisão em Norte e Sul continuou com o clima de tensão e atritos fronteiriços que permanecem até hoje.
A Coreia do Norte contou com ajuda soviética e chinesa, mantendo-se ligada aos países do bloco socialista. O país foi governado por Kim II-sung, que permaneceu no poder até sua morte em 1994, quando foi sucedido pelo filho Kim Jong–il.
Este nomearia seu filho Kim Jong-un, para presidente, em dezembro de 2011 e é o atual mandatário do país.
A Coreia do Sul, por sua vez, saiu da condição de país agrário para a de tigre asiático. Recebeu investimentos e tecnologia estrangeira, ascendendo à posição de uma das nações mais desenvolvidas do mundo.
VEJA TAMBÉM: Tigres AsiáticosApós décadas de ataques, atentados terroristas como a explosão do avião da Korean Air, em 1987, os dois países resolveram iniciar conversas para uma possível aproximação.
A visita do presidente sul-coreano Moon Jae-in ao seu par norte-coreano, Kim Jong-un, em abril de 2018, pode inaugurar os entendimentos para por fim ao último conflito em aberto da Guerra Fria.
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