Localizado entre o Rio São Francisco e o Rio Real, o território sergipano foi visitado inicialmente pela guarda-costeira portuguesa de Gaspar de Lemos, em 1501. Mas foram os franceses que travaram contatos pacíficos com os indígenas e começaram a realizar as primeiras atividades de escambo, importando da região pau-brasil, pimenta e algodão.
Com o sistema de Capitanias Hereditárias imposto pelo rei D. João III em 1534, o território de Sergipe passou a fazer parte da Capitania da Bahia de Todos os Santos, que foi doada a Francisco Pereira Coutinho.
Antes dos portugueses descobrirem a riqueza do local, piratas franceses contrabandeavam a baixo custo os recursos naturais da região, como pau-brasil. Em 1575, os primeiros passos da colonização lusitana foram dados com o envio dos jesuítas Gaspar Lourenço e João Salônio, que fundaram as igrejas de São Tomé, São Inácio e de São Paulo, na tentativa de catequizar os índios.
Devido à resistência indígena de sucumbir aos ensinamentos católicos, a realeza enviou soldados que começaram a violentá-los cruelmente, chegando a raptar mulheres e crianças e saquear as aldeias.
As tribos conseguiram expulsar os invasores, mas depois foram massacradas pelos portugueses, que queriam escravizá-los a qualquer custo. Em 1590, o capitão Cristóvão de Barros conquistou a região após um longo período de guerras e fundou o Arraial de São Cristóvão, a qual nomeou de Sergipe Del Rey.
No século XVII, a província se desenvolveu com a criação de gado e a produção de cana-de-açúcar, contratando mão-de-obra escrava da África. Sergipe ainda passava por um impasse territorial com a resistência indígena às imposições da Coroa e o conflito contra os franceses, que só foram definitivamente expulsos em 1601.
Com a Invasão Holandesa, em 1637, Sergipe foi praticamente posto a ruínas. Houve incêndios, destruição de lavouras, roubos e maus tratos com gados, abalando drasticamente a economia da província. Os holandeses queriam atacar a cidade de Salvador e se estabeleceram no território de Sergipe em busca de uma estratégia para a investida.
Em 1696, finalmente Sergipe conquistaria a independência, mas por muito pouco tempo. Separada da Capitania da Bahia, foram fundadas as vilas de Itabaiana, Lagarto, Santa Luzia, Vila Nova do São Francisco e Santo Amaro das Brotas. Entretanto, com o desenvolvimento da província, a Bahia reivindicou a autonomia de Sergipe, o que causou inúmeros conflitos.
Somente em 1820 o rei D. João VI assinou um decreto que isolou Sergipe da Bahia. O brigadeiro Carlos César Burlamárqui foi nomeado o primeiro governador do estado. Apesar dos conflitos com os baianos continuarem, a independência do Brasil em 1822 deu a condição de estado independente ao Sergipe e, a partir de então, iniciou-se um longo processo de desenvolvimento com a produção e exportação de cana-de-açúcar e criação de gado. Em 1855, a capital sergipana foi transferida para o povoado de Santo Antônio de Aracaju, considerada uma das primeiras cidades planejadas do Brasil com suas ruas direcionadas às margens do Rio Sergipe.
Sergipe também foi palco de diversos movimentos republicanos e abolicionistas. Estas insurgências tomaram força na cidade de Laranjeiras, onde foi enforcado um dos líderes quilombolas João Mulungu no século XIX.
A capital Aracaju se tornou um importante centro do movimento republicano, principalmente com a disseminação das ideias liberais do jornal O Laranjense.
A primeira Constituição sergipana foi promulgada em 1892, tornando-o um dos Estados da Federação Brasileira. O nome Sergipe é de origem tupi, que significa “rio dos siris”.
Localizado na região Nordeste, Sergipe é o menor estado do país e tem uma população estimada de 2,01 milhões de habitantes.
Fontes: http://www.wagnerlemos.com.br/apostilahistoriadesergipe.pdf http://sergipeeducacaoecultura.blogspot.com/2007/10/histria-de-sergipe.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Sergipe
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