Os primeiros povos arameus chegaram ao território da Mesopotâmia por volta do século XI a.C., após instalarem-se em Aram, na Síria. Lá, fundaram o Estado de Bit Adini, próximo ao rio Eufrates, para fixar moradia, ocupando áreas da Anatólia e Damasco, na Síria, e na região na época denominada de Antilíbano.
Tinham suas próprias língua e cultura, com uma fala parecida com a hebraica e a dos fenícios, e pretendiam estender suas ocupações, chegando a invadir a área de Israel por volta de 1030 a.C. Entretanto, os arameus acabaram derrotados pelos guerreiros do rei Davi.
Todavia, a expansão arameia prosseguiria ao longo do médio e baixo Eufrates até a Babilônia, ocupando a maior parte do território da Mesopotâmia. No século IX a.C., eles dominaram a Babilônia, mas tiveram algumas de suas tribos subjugadas pelos valentes assírios, que contra-atacaram a mando do guerreiro Assurnasirpal II a oeste do território.
Na metade do século IX a.C., os assírios tentaram anexar o Estado arameu de Bit Adini com seu território, enfrentando Israel, Aram, Hamat e a Fenícia. Apesar da dura batalha, onde ninguém saiu vitorioso, os assírios tiveram êxito em sua conquista.
Durante o século XIII a.C., as guerras entre os povos mesopotâmicos continuariam, resultando na destruição de Hamat pelos assírios e fazendo com que os reinos arameus desaparecessem do oeste. Próximo ao baixo Tigre, os arameus resistiram um pouco mais aos ataques assírios, mas foram derrotados. Nessa batalha, cerca de 210.000 arameus tiveram que ser deportados após a devastação da Babilônia.
Em 626 a.C., o general caldeu Nebopossalar reconstrói a Babilônia e une-se às tribos medas, citas e remanescentes dos arameus para derrotar os assírios. Neste império, denominado de neobabilônico, as tribos se misturam, adotando uma cultura singular que os tornam indistinguíveis.
Apesar de serem tribos inimigas dos arameus, os assírios chegaram a usar a língua aramaica como segunda língua oficial, após a expulsão em massa na Babilônia e nos territórios a oeste da Mesopotâmia. Com a invasão do Império Persa, que pôs fim ao domínio das sociedades mesopotâmicas, o aramaico permaneceria como língua nativa, sendo preservado até os dias de hoje em aldeias isoladas de Damasco e ao sul da Turquia. O idioma tem uma forte ligação com as religiões judaica e cristã por ser a língua falada por Jesus Cristo.
Atualmente, pouco mais de 2 mil arameus considerados puritanos vivem na Síria, Turquia e pequena região do Iraque e estão ameaçados de extinção por conviverem em um ambiente próximo ao domínio islâmico, enfrentando exércitos turcos e guerrilheiros curdos.
Fonte: http://www.islamic-awareness.org/Quran/Text/Mss/vowel.html http://povosdaantiguidade.blogspot.com/2009/12/arameus.html
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