Domingos Jorge Velho

No século XVII, prevalecia no Brasil as expedições de bandeirantes para conquistar territórios indígenas que ainda não haviam sido tomados pelos colonizadores portugueses. Na segunda metade deste século, Domingos Jorge Velho seria o bandeirante que mais se destacaria nesta função. Natural da cidade de Vila de Parnaíba em 1641, São Paulo, trinta anos mais tarde já era conhecido como um fervoroso caçador de índios.

Sua fama espalhara-se pelo Brasil adentro. Francisco Garcia d'Ávila, um grande proprietário da Bahia, chegou a contratar Jorge Velho para exterminar os índios da região do rio São Francisco. Eles queriam tomar o espaço ocupado pelos indígenas para criar uma estância de gado, algo que de certa forma também agradava Jorge Velho, pois ele também tinha uma fazenda ao oeste de Pernambuco, onde fundou a povoação de Sobrado.

Entre 1671 e 1674, o mercenário lutou ao lado de Domingos Afonso Sertão contra os indígenas das regiões do Piauí, Maranhão e Ceará, espalhando a hegemonia do homem branco no território brasileiro.

Apesar de ser conhecido apenas como exterminador de indígenas, o governador de Pernambuco João da Cunha Souto Maior fez um apelo em 1687 para que Jorge Velho juntasse seus homens e destruísse os escravos dissidentes que formaram o Quilombo dos Palmares. Sob liderança de Zumbi dos Palmares, os escravos revoltosos fugiram para o estado de Alagoas.

Após acertar os detalhes contratuais com os governadores do nordeste, Jorge Velho teve autorização, em 1691, para atacar os quilombolas. Depois de uma dura resistência por parte dos escravos revoltosos, Jorge Velho conseguiu exterminar os quilombos por volta de 1695, após a morte do líder Zumbi dos Palmares. Estima-se que pelo menos 15 mil quilombolas lutaram a favor de Palmares.

Em fevereiro de 1699, o ex-governador-geral do Brasil Matias da Cunha enviou Jorge Velho para dominar os indígenas do Maranhão, Ceará e Pernambuco, junto com missionários para catequizá-los.

Domingos Jorge Velho chegou a ganhar uma honraria como Mestre de Campo no governo de Estêvão Ribeiro, devido aos serviços prestados em favor dos colonos. Faleceu no ano de 1704, na capitania de Paraíba, sem deixar o lado aventureiro e mercenário de caçar índios e servir aos interesses dos grandes proprietários.

Fontes: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u689.jhtm http://pt.wikipedia.org/wiki/Domingos_Jorge_Velho

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