Immanuel Kant

Immanuel Kant é um dos filósofos mais estudados na modernidade.

Seus trabalhos são pilar e ponto de partida para a filosofia alemã moderna, com seguidores como Fichte, Hegel, Schelling e Schopenhauer.

Kant tentou resolver as questões entre o racionalismo de Descartes e Leibniz e o empirismo dos filósofos David Hume e John Locke.

Vida e Obra de Kant

Immanuel Kant nasceu em Königsberg, na Prússia Oriental, no dia 22 de abril de 1724.

Foi o quarto de nove filhos do casal Johann Georg Kan, fabricante de arreios para cavalgaduras, e Anna Regina Kant.

Viveu uma vida modesta e devota ao luteranismo. Estudou no "Colégio Fredericianum" antes de ir para a "Universidade de Königsberg".

Assim, após passar a adolescência estudando num colégio protestante, vai para a Universidade de Königsberg, em 1740.

Ali, será livre-docente conferencista associado somente em 1755, quando doutorou-se em filosofia, estudando também física e matemática, além de lecionar Ciências Naturais.

Em 1770, assume a Cátedra de Lógica e Metafísica na Universidade de Königsberg. Nesse momento, termina a chamada fase pré-crítica Kantiana, na qual predomina a filosofia dogmática.

Seus textos mais emblemáticos dessa época foram “A História Universal da Natureza” e “Teoria do Céu”, de 1775.

Na segunda fase do autor, é superada a “letargia dogmática” a partir do choque sofrido pela leitura dos escritos do filósofo Hume. Nessa fase, Kant irá escrever “A Crítica da Razão Pura” (1781) e “Crítica da Razão Prática” (1788).

Ademais, foi contemporâneo da Independência Americana e da Revolução Francesa, tendo visto pessoalmente Napoleão Bonaparte conquistar a Prússia.

Kant, um homem metódico e de saúde frágil, foi professor de Física, Antropologia, Geografia, Lógica, Metafísica, etc. Além disso, escreveu alguns ensaios sobre história e política.

Morreu aos 80 anos, em Königsberg, no dia 12 de fevereiro de 1804.

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Curiosidades

  • Kant nada fez de célebre até 50 anos de idade, quando tem início sua segunda fase, na qual produziu freneticamente.
  • Immanuel Kant era metódico, sistemático e pontual. Precisamente às 15h30, ele saía para passear, sendo esse um evento para regular os relógios na cidade.

Principais Idéias de Kant

Kant revela que o espírito ou razão, modela e coordena as sensações, das quais as impressões dos sentidos externos são apenas matéria prima para o conhecimento.

O julgamento estético e teleológico unem nossos julgamentos morais e empíricos, de modo à unificar o seu sistema.

Vale citar que Kant foi um entusiasta do Iluminismo europeu e estadunidense, donde publicou a obra "O que é o Iluminismo?" (1784).

Nessa obra, ele sintetiza a possibilidade do homem seguir sua própria razão, o qual seria, ao mesmo tempo, a saída do homem de sua menoridade.

Essa é definida como a incapacidade do homem de fazer uso do seu próprio entendimento.

Ou seja, o fato de não ousar pensar, por motivos de covardia e a preguiça, principais motivos do permanecimento humano na menoridade.

A "Crítica Kantiana" e "Os Juízos"

Na obra "Crítica da razão pura" (1781), Kant busca formular maneiras para fazermos um bom uso do entendimento.

Ao perceber que somos limitados pelo que nos é dado conhecer, não podermos conhecer a verdades sobre o mundo “como ele é em si”. Isso porque percebemos e pensamos o mundo de formas determinadas.

Assim, é capital estudar como o conhecimento pode ser limitado, pois isso leva à suas possibilidades e suas aplicações reais.

Já em "Crítica da razão prática" (1788), Kant formula as bases de sua filosofia moral. O que funda a ação humana e o que nos é dado fazer, constituem assim, um tratado sobre a moral humana.

Nesta obra, o autor desvela a moralidade de forma similar ao modo como formula sua abordagem acerca do conhecimento. Ele discute os princípios da ação moral enquanto forma de conquista da felicidade.

Por conseguinte, Kant formula o "juízo sintético" para tratar da experimentação enquanto garantia dos conhecimentos verdadeiros. Segundo ele, não se pode alcançar à verdade apenas pela análise de suas proposições.

Já o "juízo analítico", por outro lado, está fundado no princípio de identidade. Nele, o predicado aponta um atributo contido no sujeito e, quando se nega o sujeito, se nega o predicado (vice-versa).

O "juízo estético", por sua vez, somente seria possível para aqueles com a faculdade de julgar. Esses seriam os únicos capazes de uma investigação crítica a respeito do conceito de "belo".

Frases de Kant

  • “A missão suprema do homem é saber o que precisa para ser homem.”
  • “O sábio pode mudar de opinião. O ignorante, nunca.”
  • “Não somos ricos pelo que temos, e sim pelo que não precisamos ter.”
  • “Ciência é o conhecimento organizado. Sabedoria é vida organizada.”
  • “O juízo em geral é a faculdade de pensar o particular como compreendido sob o universal.”
  • “A felicidade é o estado no mundo de um ser razoável, a quem, em todo o curso da sua existência, tudo acontece segundo a sua aspiração e a sua vontade.”

Leia mais sobre o assunto:

  • Filosofia Moderna
  • Max Weber
  • David Hume
  • Descartes
Juliana BezerraBacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.
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