A malária é uma doença proveniente de protozoários do gênero Plasmodium, transmitidos originariamente pela picada do mosquito fêmea do gênero Anopheles, mais conhecido no Brasil como mosquito-prego. Este gênero possui em torno de 400 espécies, mas somente 5 delas são transmissoras da malária para humanos; no Brasil, apenas 3 espécies transmitem a patologia.
Preferindo climas tropicais e subtropicais, o protozoário é dispersado pelo organismo através da trombina, anticoagulante que possibilita a alimentação do mosquito. Além da picada do mosquito, a malária também pode infectar por contato sanguíneo e na fase fetal de mãe para filho. Cerca de 30 espécies do gênero Plasmodium infectam outros primatas além dos seres humanos. Há cerca de 400 espécies infectando aves, mamíferos e répteis, passando progressivamente por seus predadores.
Em seu primeiro momento, o protozoário se aloca no fígado, onde se multiplica de forma assexuada e migra contaminando os glóbulos vermelhos. Os sintomas podem aparecer de 8 a 10 dias; os sintomas da doença inicialmente aparentam os mesmos de uma gripe: febre, sensação de frio, cefaleias, dores musculares, anemia, delírios e o aumento do baço. Em casos mais graves, como o caso da malária cerebral, pode acarretar em enxaqueca e o clareamento da retina, lesões no sistema nervoso, podendo levar à morte.
O medicamento administrado para o seu combate depende da variação da doença causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Plasmodium (em destaque, os medicamentos Clordox e Doxiciclina). Mesmo após a cura da malária, sequelas podem surgir no sistema nervoso no qual o cognitivo e o sistema neurológico ficam afetados, podendo surgir casos de epilepsia.
Por não possuir uma vacina eficaz, o método de erradicação da doença ou sua diminuição se dá através do controle do vetor, não deixando recipientes com água parada, dar um fim adequado aos entulhos, além de prevenir sua picada utilizando roupas compridas, manter a gestante em lugar com telas e uso de repelentes.
Segundo a Fiocruz, mais de um terço da população mundial corre o risco de adquirir a doença; no Brasil, a Amazônia é a principal área afetada por ser um ambiente propício para a proliferação do mosquito. Segundo a OMS, em 2010 a malária afetou 219 milhões de pessoas pelo o mundo, resultando em 600 mil mortes.
Em 2003 o Ministério da Saúde se tornou responsável pelo programa PNCM (Programa Nacional de Controle da Malária) que visa a diminuição da gravidade desta doença. O programa investe em áreas como educação, pesquisas, controle de vetores e melhor atendimento da saúde para a população.
Referências: https://agencia.fiocruz.br/malária http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10933&Itemid=646
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